Um dos jogadores mais identificados com o Cruzeiro do atual elenco, o volante Lucas Romero comentou sobre os bastidores da Toca da Raposa II nesta temporada. Em entrevista ao Cruzeiro Cast, podcast oficial do clube, o meio-campista argentino disse que o ambiente no centro de treinamento está leve pela boa convivência entre os atletas.
Dentre os episódios ressaltados pelo argentino está as brincadeiras do atacante Yannick Bolasie. Ainda por não falar o português de forma fluente, o franco-anglo-congolês tem feito a alegria no CT celeste.
“A gente tem o Bolasie, é muito engraçado. Ele está desenvolvendo bem. Ele só dá um migué. Ele entende tudo, compreende tudo (que é falado em português). Já vimos que ele compreende, mas para falar algumas coisas, ainda não. É muito engraçado, tomara que ele ainda não consiga falar bem o português, pois assim é melhor”, brincou Romero.
Bolasie tem utilizado bastante a rede social para brincar com os torcedores. Ele criou algumas expressões bastante usadas pelos cruzeirenses dentro e fora do estádio. Ao falar “três pontos”, “suco de laranja”, “suco de abacaxi” e “cabuloso” com o sotaque, o atacante tem feito a alegria da galera.
Gringos falando português na Toca II
O assunto relacionado às brincadeiras de Bolasie surgiu quando Romero e o apresentador do Cruzeiro Cast, Marco Antônio Astoni, começaram a lembrar de outros gringos que passaram pela Toca da Raposa.
Astoni recordou o goleiro camaronês William Andem, que teve dificuldade de aprender português, mas falava bastante palavrão em diálogos no CT nos anos 1990.
Romero falou da legião de estrangeiros em sua primeira passagem pelo clube. Nessa época, muitos jogadores não falavam português na equipe.
“Quando eu cheguei tinha muito estrangeiro aqui, Ariel (Cabral), Arrascaeta, Pizano, Sánchez Miño, e chegou Gino, Federico. Era a La Banda. Depois, saiu Sanchez Miño, chegou Ábila. Chegou Messidoro quando saiu Pizano. Sempre tinham vários argentinos, e os uruguaios estavam juntos”, relembrou.
“Eles (diretoria do Cruzeiro na época) colocaram um professor para dar aula para nós. Virou uma bagunça. Foram, acho que, quatro, cinco aulas que o professor tentou dar umas dicas para nós para que pudéssemos falar melhor”, completou.
Lucas Romero deu alguns detalhes de como melhorou o português ainda durante sua primeira passagem pelo Cruzeiro.
“Depois, no dia a dia. A gente falava entre nós o espanhol, mas tínhamos bom relacionamento com o grupo de jogadores, com o pessoal do dia a dia. Comecei a ir para coletiva e falava um portunhol e tentava desenvolver. Também, era um cara novo, tinha 21 para 22. Quando você é novo se adapta melhor, mais fácil, mais rápido, tem mais facilidade para aprender. A gente tinha Dinenno, faz pouco tempo, ele disse que estava sendo difícil. Ele já tem a minha idade. Quando chega mais novo a adaptação é mais fácil”, explicou.
Família boa no português
Romero fala bem o português, mas o jogador tem sotaque portenho forte. Diferentemente do que acontece com a pequena Rufina, filha de 5 anos do meio-campista.
“Eu não fiz aula (de português), minha esposa sim, A Ruf (Rufina, filha) já chegou, foi para a escola, um mês depois já estava conversando sem sotaque (portenho), com o sotaque de vocês (mineiros)”, completou.