A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, nesta segunda-feira (7), a análise do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI) acerca da polêmica arbitragem de Marcelo de Lima Henrique (árbitro principal) e Daiane Muniz (VAR) em
O CCEI se reuniu de forma virtual e observou o lance da expulsão do zagueiro Jonathan Jesus. Segundo análise do Comitê, o defensor celeste não cometeu falta em Wesley.
“Os componentes do Comitê Internacional, chegaram à conclusão de que, não há uma ação de impacto por parte do defensor de número 34 da equipe do Cruzeiro. O jogo produz disputas interpretativas e, no caso desse lance específico, o contato entre os atletas, seja nas costas ou abaixo, são resultados de ações normais da partida”, diz o parecer assinador por Rodrigo Cintra, Diretor de Arbitragem da CBF.
Por outro lado, o Comitê ponderou que, a partir do entedimento de falta pelo árbitro, o cartão vermelho foi válido, por caracterizar clara oportunidade gol.
“Apesar dessa conclusão do CCEI, o ponto de vista da decisão de campo poderia ser considerada válida e limpa para a marcação do DOGSO (Clara Oportunidade de Gol) e a aplicação do cartão vermelho”, avaliou o Comitê.
Quem compõe o Comitê Consultivo
O Comitê Consultivo foi composto por grandes nomes da arbitragem brasileira e mundial.
- Nestor Pitana, argentino que apitou a final da Copa do Mundo de 2018;
- Nicola Rizzolli, italiano que apitou a final da Champions League de 2012/13;
- Sandro Meira Ricci, ex-árbitro brasileiro;
- Rodrigo Cintra, ex-árbitro brasileiro e Diretor de Arbitragem da CBF;
- Fabricio Vilarinho, auxiliar brasileiro integrante da Comissão de Árbitros-CBF.
A expulsão de Jonathan Jesus em Inter x Cruzeiro
O lance que enfureceu os cruzeirenses aconteceu aos 20 minutos do segundo tempo. Após lançamento, o atacante Wesley recebeu a bola na meia-lua da grande área celeste e, após contato com Jonathan Jesus, caiu no chão. O árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou a falta e expulsou Jonathan Jesus.
Os jogadores celestes reclamaram muito da situação, mas o juiz sequer consultou o VAR e não voltou atrás. Com um jogador a menos, o Cruzeiro sofreu dois gols na sequência do primeiro tempo.
A análise do VAR
Daiane analisou o lance e destacou ver “contato imprudente” de Jonathan em Wesley. A responsável pelo VAR descartou Kaiki e confirmou o zagueiro como infrator.
“Claramente, a falta é fora da área. Preciso confirmar a identidade. quem faz a falta é o número 34 (Jonathan Jesus)”, iniciou.
“Eu consigo ver claramente um contato imprudente do jogar 34, é ele o jogador faltoso”, apontou Daiane.
A árbitra de vídeo destacou que Kaiki, envolvido na jogada, não teria mais condições de disputar a jogada. Desta forma, Jonathan foi expulso por derrubar Wesley como último homem de defesa.
“Eu tenho um outro defensor que está próximo, ele está atrás da linha da bola, ele não tem mais condições de disputar essa bola com o atacante, que tem proximidade, domínio, distância curta e só tem o goleiro à sua frente”, argumentou.
Daiane finalizou reforçando a legalidade do cartão vermelho aplicado pelo árbitro.
“Marcelo, cartão vermelho muito bem aplicado confirmado com app limpo!”, concluiu.
