Durante minha participação no programa Turma do Bate-Bola desta terça-feira (3), fiz uma análise do equívoco do Governo de Minas e do Ministério Público de Minas de recomendar torcida única no jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, o que resultou em decisão da CBF de determinar portões fechados no Mineirão.
A alegação do Governo e do MP é que a Polícia Militar não teria condições de dar segurança caso a partida fosse realizada com as torcidas dos dois clubes.
Não bastasse o erro de pedir torcida única, Governo e MP acionaram a CBF na Justiça Comum na tentativa de reverter o quadro e levar os cruzeirenses ao estádio.
O problema é que o Cruzeiro não poderia acatar uma decisão da Justiça Comum e contrariar a CBF. O clube poderia sofrer sanções desportivas, como perda de pontos e até rebaixamento.
Classifiquei essas decisões do Governo como ‘lambança’ e ‘atestado de incompetência’. É claro que a Polícia Militar tem condições de dar segurança, assim como faz há cem anos.
Se tem uma instituição competente, capaz, bem treinada, bem estruturada nesse estado, chama-se Polícia Militar de Minas Gerais. Temos coronéis competentes, tenentes competentes, sargentos, cabos, temos profissionais competentes, essa turma é bem treinada, essa turma sabe trabalhar.
Quem assinou seu atestado de incompetência foi o estado, ao fazer essa afirmação em nome da Polícia Militar de Minas. Uma pena que isso tenha sido usado como palanque político. E o tiro saiu pela culatra.
Além do prejuízo esportivo para o Cruzeiro, de jogar sem sua torcida, há o prejuízo econômico. Imagina o que representa a falta dessa renda milionária para o Cruzeiro, um time que está lutando pra sair do buraco que colocaram no passado, voltar a uma Copa Libertadores. Quanto o Cruzeiro vai ganhar de premiação, de bilheteria, quanto vale o patrocínio do Cruzeiro?
Uma pena que o Governo tenha metido os pés pelas mãos. O Cruzeiro e o futebol perderam.