Desde que Pedro Lourenço adquiriu a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, vários diretores e gerentes da gestão de Ronaldo Nazário deixaram a Toca da Raposa II. O último foi o CEO Gabriel Lima, que foi sucedido por Alexandre Mattos.
Pedro Lourenço explicou, durante entrevista coletiva nesta terça-feira (2), na Toca da Raposa II, que a gestão anterior tinha um número excessivo de profissionais para exercer funções parecidas. Logo, uma das primeiras medidas foi concentrar tarefas em colaboradores multidisciplinares de sua confiança.
“Vou citar um exemplo aqui: tinha um diretor de marketing, um gerente de marketing e dois funcionários. Nunca vi um diretor e um gerente para dois funcionários. Entendeu? (risos) Não vamos ter essas funções”, iniciou.
“Eliminamos um diretor de estratégia, um diretor comercial, um diretor de marketing, um diretor financeiro, mais dois gerentes de sócio, gerente de mais não sei o quê. Nós eliminamos uns sete diretores e deixamos um trabalhador, igual o nosso querido Bruno (Faleiro, diretor de comunicação). O diretor dele (Victor Rios) também foi - saiu). Eliminamos esses cargos, entendeu? Então, nós temos pessoas mais comprometidas”, justificou Lourenço.
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Tarefas absorvidas por filhos e pessoas de confiança
Filhos de Pedro Lourenço e pessoas que trabalham nas empresas da família - a rede Supermercados BH e a BPW, gestora do Cruzeiro - também vão acumular algumas funções no clube.
Pedro Júnior, filho mais velho e braço direito do pai na gestão do Supermercados BH, será o vice-presidente do Cruzeiro. Bruno Santos de Oliveira, filho do meio e responsável pelo comercial da rede varejista, cuidará da mesma pasta dentro do clube.
Já Waldir Rocha Pena, sócio de Pedro Lourenço no Supermercados BH e na BPW, gestora do Cruzeiro, cuidará das áreas tributária, fiscal e jurídica do clube, incluindo o plano de Recuperação Judicial aprovado pela Justiça.
“Como nós trabalhamos e não vamos fazer alavancagem, nós precisamos só de um tesoureiro, para pagar, porque o dinheiro nós vamos botar lá no caixa. Nós não precisamos de um cara para falar com diretor de banco, para arrumar patrocínio”, pontuou Pedro.
“Nesse momento, em que temos o doutor Waldir (Rocha Pena), que é sócio nosso no BH (supermercado) e faz parte aqui da nossa empresa, ele vai cuidar dessa parte tributária e fiscal, vai cuidar da Recuperação Judicial com um advogado. Então, nessa parte jurídica aí, ele vai cuidar dela e nós vamos cuidar do restante, o Pedro Júnior comigo”, acrescentou.
Pedro Lourenço ainda falou das ações do filho do meio, Bruno Santos de Oliveira, na gestão comercial do Cruzeiro e da rede varejista. “No comercial, será igual nós fazemos no BH (supermercado). O Bruno vai cuidar do comercial, debaixo de mim, e nós não vamos ter mais diretor (comercial) no Cruzeiro”.
A direção financeira (CFO), antes de responsabilidade de Raphael Vianna na SAF de Ronaldo, ficará a cargo de um gerente que já trabalha para a família de Pedro Lourenço.
Quem explicou essa mudança foi Pedro Júnior, filho mais velho de Lourenço e novo vice-presidente do Cruzeiro.
“A gente não vai ter mais um diretor financeiro. Teremos um gestor, que é um funcionário bem qualificado, que vai trabalhar comigo e com o Alexandre no planejamento. E a parte jurídica, fiscal e tributária vai ser controlada pelo Waldir, que é nosso sócio na BPW e que é sócio nosso também nos Supermercados BH. Mas a gente não vai ter mais essa função de diretor financeiro. Vamos ter um gerente financeiro da nossa confiança, da nossa alçada”, concluiu.