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Raposão completa 21 anos: relembre histórias e evolução de mascote do Cruzeiro

Mascote do Cruzeiro completa 21 anos e acumula histórias e mudanças ao longo do tempo

Um dos principais mascotes do futebol brasileiro, o Raposão comemora 21 anos neste sábado (23). Ideia das mais originais concebidas pelo departamento de marketing do Cruzeiro, o personagem completa mais um ano de vida colecionando histórias de sucesso.

Criado em 2003 pelo publicitário Paulo Nélio, à época diretor de marketing do Cruzeiro, o Raposão nasceu em um dos anos mais gloriosos da história cruzeirense: na temporada que o clube conquistou o Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.

“O Raposão é um bem intangível. Da mesma forma que é o símbolo de uma nação, de uma torcida, como é o escudo, bandeira, hino. Por ser um símbolo do clube, o Raposão é soberano. O mascote é o orgulho. O mascote serve para isso, para representar o clube e sua torcida”, comentou Paulo Nélio à Itatiaia.

Nascimento do Raposão

O Raposão estreou em um jogo do Cruzeiro no dia 23 de março de 2003, na 12ª rodada do Campeonato Mineiro, na vitória cruzeirense por 4 a 0 sobre o Tupi.

Marca da Tríplice Coroa

Impulsionado pelo ano marcado pela Tríplice Coroa, o Raposão se tornou uma marca daquele ano, ganhando notoriedade e destaque na torcida celeste.

“Na época foi fruto de um estudo do marketing bem detalhado para que agradasse o torcedor, crianças, todo mundo. Essa era a ideia. A gente tinha a esperança que desse certo, mas deu super certo. Foi uma das melhores ações que tivemos”, falou.
Paulo Nélio, ex-diretor de marketing do Cruzeiro

Rapel e tirolesa no Mineirão

Em 2007, o Raposão ‘radicalizou’ no Mineirão, com duas aparições surpreendentes: uma vez de tirolesa, saindo da cobertura do estádio diretamente para o gramado, e a outra de Rapel, quando se dependurou em uma corda e se juntou à Máfia Azul, maior torcida organizada do clube.

Nascimento do Raposinho

O Raposão ganhou o seu primeiro companheiro em 2008. O Raposinho foi criado para acompanhar o mascote principal nos jogos do Cruzeiro. Desde então, a dupla faz muito sucesso.

Raposão contra a dengue

O Raposão, além de entretenimento, ajuda também em questões sociais. Em 2008, antes de um clássico contra o Atlético, ele participou de uma campanha contra a dengue. À época, houve uma encenação no gramado com o fumacê contra o mosquito aedes aegypti. O Cruzeiro venceu o rival Atlético por 5 a 0 e encaminhou o título do Campeonato Mineiro.

De helicóptero no Mineirão

Antes do jogo de volta na final do Mineiro de 2008, o Raposão chegou ao gramado do Mineirão de helicóptero. O Cruzeiro venceu o jogo por 1 a 0 e sacramentou o título naquela temporada.

“Fruto de muita pesquisa até chegar naquele resultado. Tinha que representar a torcida, transferir o anseio da torcida, alegria da torcida. O que a gente chama de intangível, a gente tinha que transferir para alguém, para um ídolo eterno. O jogador vem, vai, e o mascote é diferente, ele fica. A gente queria algo, alguém que transcendesse à época. E o Raposão faz isso, ele alcançou isso”, completou.
Paulo Nélio, ex-diretor de marketing do Cruzeiro

Roger rouba a cabeça do Raposão

Em sua estreia com a camisa do Cruzeiro, o meia Roger, logo em um clássico com o Atlético, em 2010, fez um gol na vitória celeste por 3 a 1 e comemorou com a cabeça do Raposão. O lance é um dos mais emblemáticos até hoje na história da mascote.

Bloco de Carnaval

Criado em 2012, o Bloco Raposão embala os Carnavais de São João del-Rei há 11 anos. O grupo é considerado o maior bloco do Cruzeiro em todo o Brasil.

Corrida de rua

Em novembro de 2012, Raposão e Raposinho participaram da 2ª Corrida do Cruzeiro, em Belo Horizonte.

Raposão DJ

Em 2013, Raposão e Raposinho interagiram pela primeira vez com um DJ. Foi antes do jogo contra o Atlético-GO, pela Copa do Brasil. Na ocasião, houve interação com o Dj ‘The Rio Mansion’.

Em 2014, o famoso DJ francês Bob Sinclair, do hit “Love Generation”, esteve no Mineirão antes de uma partida do Cruzeiro e interagiu com a dupla de mascotes celestes.

Em 2022, Raposão se incorporou DJ junto com Ronald, filho de Ronaldo Fenômeno, que trabalha com música e homenageou o pai, que fazia aniversário, no jogo contra o Vasco, válido pela Série B.

Raposão de limousine

Em 2014, após as conquistas do Campeonato Mineiro e da Superliga Masculina de Vôlei, o Raposão chegou ao Gigante da Pampulha de limousine.

Ações em hospitais e com jovem torcedor

Em 18 de outubro de 2015, o torcedor Matheus Oliveira (Matheusinho), de seis anos, entrou em campo com o atacante Willian Bigode e Raposão e foi saudado pela Nação Azul. O garoto é cego e precisava fazer um transporte de intestino nos Estados Unidos.

Desde a criação, o Raposão e, na sequência, o Raposinho, são utilizados pelo clube em visitas a hospitais infantis, especialmente no combate ao câncer.

Festas e casamentos

Além de ações em hospitais, os mascotes também são frequentemente convidados e contratados para participar de festas e casamentos.

Mascotes ganharam rede social

Para promover a campanha de arrecadação de fundos para o menino Matheusinho, em 2015, o Cruzeiro criou um perfil para os mascotes no Instagram. Atualmente, a conta possui mais de 242 mil seguidores.

“Fizemos mais de 20 desenhos para aprovação. Só a pessoa sendo torcedor para conseguir captar o espírito da torcida para transferir para o campo. Era o que eu tinha na época, todo mundo cruzeirense no departamento de marketing. A gente fez vários modelos, desenhos, conversávamos, a cara não podia ser para assustar criança. Tinha que ser um personagem com agilidade para se movimentar no campo”, finalizou.
Paulo Nélio, ex-diretor de marketing do Cruzeiro

Raposinho dança break

Em julho de 2016, o Raposinho fez o famoso ‘breakdance’ em frente aos atacantes Rafael Sobis e Ramón Ábila, novos reforços do Cruzeiro.

Raposão e Urubu juntos

Em 2017, antes da final da Copa do Brasil entre Cruzeiro e Flamengo, os mascotes Raposão e Urubu se encontraram no Mercado Central, em Belo Horizonte.

Raposona Salomé

Inspirada em Salomé, torcedora-símbolo do Cruzeiro que morreu em 2019, o clube criou a mascote Raposona Salomé, em 10 de junho de 2020. O personagem saiu de cena tempos depois.

Raposinho de pernas para o ar

Após uma vitória do Cruzeiro na Série B, no Mineirão, Raposinho fez conhecida “saudação viking” de cabeça para baixo e com as pernas para o ar. A cena ganhou a internet e foi comentada entre os torcedores nas redes sociais.

Raposinho dança ‘sem fantasia’

Em setembro do ano passado, o Raposinho aproveitou a festa do acesso e do título da Série B, na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, para dançar sem a fantasia. Na ocasião, o mascotinho chamou a atenção do público com vários passinhos ao lado do elenco.

Repaginação

O Cruzeiro anunciou a primeira grande repaginação visual do Raposão e do Raposinho no ano passado. Para o novo projeto, o Cruzeiro buscou referências no mascote original criado pelo cartunista Mangabeira, em 1945.

O novo Raposão foi inspirado em uma raposa-vermelha, de pelagem dourada-alaranjada e o Raposinho em uma raposa-anã, com pelos mais escuros. Os mascotes foram desenhados pelo artista mineiro Camaleão.

Inicialmente, o lançamento dos novos mascotes gerou enorme polêmica. É que em um primeiro momento não houve, por parte do clube, uma consulta com a torcida sobre a mudança.

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Guilherme Piu é jornalista esportivo com experiência multiplataforma: digital, revista, rádio e TV. Tem dois livros publicados e foi premiado em festivais de cinema no Brasil e no exterior, dentre eles o Cinefoot. Cobriu grandes eventos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e torneios de futebol. Passou por Hoje em Dia, Uol e Revista Placar.
Leonardo Garcia Gimenez é repórter multimídia na Itatiaia. Natural de Arcos-MG e criado em Iguatama-MG. Passou também pela Record Minas.