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Cruzeiro: Pepa detalha preferências por estilo de jogo e desempenho tático

Treinador português explicou ideias de jogo que podem ser aplicadas agora no comando da Raposa

Como jogam os times do técnico português Pepa? O novo comandante do Cruzeiro foi anunciado nesta segunda-feira (20), e pelo histórico de trabalho no futebol em Portugal e na Arábia Saudita, algumas ideias parecem claras para serem aplicadas na formação cruzeirense em campo.

Em setembro de 2022, Pepa concedeu entrevista ao quadro The Pitch Invaders, do Footure. À época treinador do Al Tai, da Arábia Saudita, ele destacou duas formas que prefere organizar as equipes: o 4-3-3 e o 4-4-2.

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O português cita um volante atrás de dois meias centrais, além dos dois extremos ao lado do atacante. Esse trio, inclusive, tem função constante de apoiar a pressão na saída de bola do adversário. Dependendo da situação de jogo, Pepa admite usar duas linhas de quatro, levando em consideração também a qualidade da dupla que forma a linha mais próxima do gol rival.

Pepa baseia o time em zonas, sempre maleáveis ao jogo. Assim, os pontas, por exemplo, não iriam acompanhar os laterais adversários em toda investida. Ele entende que essa situação pode acontecer, mas prefere distanciamento entre laterais e pontas no campo.

Como jogam os times de Pepa?

Goleiro

O técnico ressaltou a qualidade dos goleiros na atual geração, e por isso, defende que eles ajudem na primeira linha de construção de jogo. Pepa prefere usar dois zagueiros, e não três, com o goleiro sendo o terceiro homem para a saída. Trazer o volante para construir jogadas não está entre as preferências do português.

Defensores

A dupla de zagueiros de Pepa não costuma progredir pelo campo com a bola. Além deles, o meia central e o atacante formam uma “âncora” na formação. Os laterais começam as jogadas mais abertos, o que segundo o técnico, abre o campo e dificulta a marcação na saída de bola

Meias

O volante é peça fundamental para Pepa. “Mais do que correr muito, é correr certo e bem”, definiu o português. O volante precisa atuar no ataque e na defesa, sem recuar muito e com percepção para pressão ou subidas ao ataque desproporcionais. Além da capacidade física, Pepa valoriza a leitura de jogo.

À frente do volante, os dois meias de Pepa precisam de sintonia, para alternarem idas ao ataque e não deixarem a cobertura aberta no contra-ataque. Essa dupla substitui o “camisa 10 clássico”, porque confunde mais o adversário e dá dois homens entre as linhas, mais perto do atacante.

Ataque

A prioridade de Pepa é o jogo por dentro, “já que as traves estão no meio do campo”. Quando não é possível infiltrar pelo centro do campo, trabalha-se o jogo exterior, com cruzamentos, por exemplo. Pepa trabalha até com zonas de ataque para os atacantes, dependendo sempre do desenrolar do jogo e até mesmo de quem chegou primeiro em determinado setor do campo.

O português destaca ainda os atacantes fazendo movimento para cima do segundo zagueiro, mas distante da bola, o que dá mais chance de chegar com perigo ao gol.

Sem a bola

“Ninguém gosta de correr atrás da bola. Nós não damos a bola a ninguém, mas emprestamos um pouquinho”, ressaltou Pepa. O português valoriza defesas intensas para poder atacar melhor, aproveitando espaços e até mesmo uma possível superioridade numérica.

“A maior parte dos gols são em transição ou bola parada, então temos que ser letais e objetivos na recuperação da bola. Se não quer correr 50 metros para defender atrás, vamos correr 5 para reagir à perda”, completou.

Veja a entrevista completa do técnico português ao Footure:

Jornalista formado na PUC Minas. Experiência com reportagens, apresentação e edição de texto em televisão, rádio e web. Vivência em editorias de Cidades e Esportes.
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