Ouvindo...

Participe do canal e receba as notícias do Cruzeiro no WhatsApp

Pelé é eterno: veja a história do Rei do Futebol com o Cruzeiro

Time celeste foi uma pedra no sapato do maior jogador de todos os tempos

Pelé ao lado de Tostão durante partida entre Santos e Cruzeiro

Na sua trajetória com a camisa santista, Pelé, que morreu nesta quinta-feira (29), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, por complicações do tratamento de um câncer no cólon, teve o Cruzeiro como uma autêntica pedra no sapato. E o seu retrospecto contra a Raposa já escancara isso, pois em 11 jogos, foram seis vitórias celestes, três santistas e dois empates.

Leia também:

Hospital Albert Einstein publica nota sobre morte de Pelé

De Rei para Rei: Reinaldo presta homenagem a Pelé

Presidente da CBF homenageia Pelé: ‘Faremos todas as homenagens possíveis’

O primeiro jogo do Atleta do Século 20 em Belo Horizonte, depois de ele ser campeão mundial com a Seleção Brasileira, na Suécia, foi contra o Cruzeiro. O amistoso de 23 de dezembro de 1958, seis meses após a conquista da taça, foi especial, pois a Raposa contou no seu time com Zizinho, ídolo de infância de Pelé.

O jogador estava em litígio com o São Paulo e foi emprestado para disputar este amistoso numa negociação que teve a participação de Nívio Gabrich, um dos grandes jogadores da história do Atlético, que tinha jogado com Zizinho no Bangu, do Rio de Janeiro, e convidou o amigo para reforçar o Cruzeiro, onde ele jogava.

Pelé foi o grande nome do jogo, alcançando seu único hat-trick em Belo Horizonte. Era o primeiro confronto do craque com a Raposa, que foi soberana nos quatro jogos seguintes, vencendo todos, dois deles bem especiais.

Em 1966, o Santos buscava o sexto título em sequência da Taça Brasil, a única competição nacional da época. A decisão foi contra o Cruzeiro de Tostão, Dirceu Lopes, Natal, Piazza, Procópio e Raul. No jogo de ida, no Mineirão, o Peixe sofreu uma das maiores derrotas da Era Pelé. Foi goleado por 6 a 2, numa partida que teve o placar de 5 a 0 no primeiro tempo.

Na volta, no Pacaembu, os santistas abriram 2 a 0 no primeiro tempo, mas o Cruzeiro virou para 3 a 2 e acabou com a hegemonia de Pelé e companhia na competição, impondo uma das derrotas mais sofridas pelo grande time do Peixe.

Atrações

Em setembro de 1970, logo após a conquista do tricampeonato mundial pelo Brasil, no México, o Cruzeiro fazia uma excursão pela Venezuela e o hotel que estava em Caracas recebeu também a delegação do Santos.

Os empresários fizeram a proposta de um amistoso entre os dois clubes, que tinham oito jogadores que tinham integrado a Seleção campeã mundial daquele ano.

O Cruzeiro contava com Tostão, Piazza, Fontana e Brito. No Santos, além de Pelé, jogavam Carlos Alberto, Clodoaldo e Edu. O jogo terminou empatado sem gols.

O último jogo de Pelé em Belo Horizonte foi contra o Cruzeiro, que recebeu o Santos em 28 de julho de 1974, pelo Campeonato Brasileiro. A partida válida pela última rodada do quadrangular decisivo da competição terminou com vitória cruzeirense por 3 a 1, resultado que forçou um jogo desempate contra o Vasco pela taça.

Pouco mais de dois meses depois deste confronto, Pelé encerrou sua trajetória com a camisa do Santos. Uma história em que o Cruzeiro foi uma pedra no sapato.

Alexandre Simões é coordenador do Departamento de Esportes da Itatiaia e uma enciclopédia viva do futebol brasileiro