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Série B define os direitos de transmissão; CBF garante valor mínimo aos clubes

Jogos passarão no SporTV, no Premiere, na TV Brasil e no canal GOAT; participantes ainda podem negociar acordos individuais para TV aberta

América vai disputar a Série B em 2024

A direção da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) comunicou, nesta sexta-feira (5), aos 20 clubes da Série B quais veículos vão transmitir os jogos da edição de 2024 que terá a participação do América.

Há ainda algumas lacunas a serem preenchidas, mas a entidade garantiu aos participantes que eles receberão ao menos o mesmo valor de 2023, que foi de R$ 10 milhões para cada equipe.

A Globo transmitirá jogos no SporTV, em TV fechada (até quatro por rodada), e os 380 confrontos no Premiere, pelo sistema pay-per-view. Em acordo separado, e com valores diferenciados, a emissora fechou em TV aberta com o Santos os direitos das 19 partidas do clube paulista como mandante.

O canal GOAT adquiriu os direitos de streaming, com exceção das partidas do Santos como mandante, compradas pela Globo, como revelou a Folha de S. Paulo.

Aqui há uma lacuna: caso a emissora carioca, ou outra empresa de TV aberta, feche acordo individual com outros clubes, a GOAT pode perder o direito sobre essa equipe nos jogos dela em casa.

Sport e Coritiba são clubes que interessam algumas empresas, inclusive a Globo.

Uma terceira emissora vai transmitir os jogos, essa uma novidade: a TV Brasil, que pertence ao Governo Federal. Serão três jogos por rodada, a ser decidido em acordo com a CBF.

A confederação brasileira deve divulgar no início da próxima a semana a tabela detalhada das primeiras rodadas, com a divisão de onde cada jogo será transmitido.

Empresa deixou na mão

A Brax Sports Assets, agência que em 2023 fechou contrato até 2026 para explorar esses direitos, avisou há algumas semanas a CBF que não cumpriria o acordo. Com isso a TV Bandeirantes, que no ano passado transmitiu a competição em TV aberta, não terá o evento em 2024.

A decisão da Brax pegou a CBF e os clubes de surpresa. Dez equipes enviaram uma carta à empresa pedindo explicações sobre o contrato e não tiveram resposta. O caso pode ir à Justiça, já que o acordo previa um valor médio de R$ 240 milhões anuais. A Brax não se pronunciou sobre o assunto.

Com isso, a CBF foi ao mercado oferecer os direitos de transmissão. Diferentemente da Série A, que até 2024 eram negociados individualmente por cada clube, e a partir de 2025 pelos blocos da Libra e da Liga Forte União, na B quem vende é a confederação brasileira, com repasse da verba aos participantes.

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Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.
Leonardo Parrela é repórter multimídia na área de esportes na Itatiaia. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com Globo Esporte, UOL Esporte e Hoje Em Dia, onde cobriu Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.