Cinco vitórias consecutivas - por três torneios diferentes -, 12 gols a favor e dois gols contra: os números não deixam dúvidas de que o Botafogo está em evolução sob comando de Artur Jorge. O quinto triunfo, nesta quinta (2) diante do Vitória, apresentou duas características chaves do trabalho do português: a utilização do elenco e a capacidade de melhorar o time durante os jogos.
Para a ida da terceira fase da Copa do Brasil, o técnico fez mais mudanças do que o habitual. Quatro atletas foram mantidos em relação ao time que venceu o Flamengo, no dia 28, no Brasileirão.
O lateral-esquerdo Cuiabano, que estreou diante do Vitória, foi o 26º atleta acionado por Artur Jorge nestes sete jogos. Sem definir 11 titulares, o português mostra a força do elenco alvinegro.
“A confiança é importante. Já tínhamos, e ele está fazendo sair dos jogadores. Está mostrando que temos um bom elenco. Todos jogadores têm oportunidade de jogar, seja contra o Flamengo, seja Libertadores, seja Copa do Brasil. Isso é muito importante. Quando o jogador se sente valorizado e cresce com confiança”, afirmou Gregore, uma das opções no meio de campo.
A força do elenco
A maratona de jogos oferece a Artur Jorge a chance de rodar o elenco, mas também cobra seu preço. Nas últimas semanas, perdeu Tiquinho Soares e Matheus Nascimento por lesão.
A solução inicial foi utilizar Eduardo e Júnior Santos como referências, mas, contra o Vitória, o camisa 11 foi preservado. Assim, Luiz Henrique deixou a faixa lateral e foi centralizado.
A atuação do camisa 7, destaque contra Universitario-PER e Flamengo, não foi boa. Após a partida, Artur Jorge explicou a tentativa e como pensa lidar com os desfalques.
“Os dois camisas 9 estão lesionados. Temos o Junior Santos que faz esse papel e hoje era importante tê-lo como solução do que começar a partida em razão da sua condição física. Tem 3 jogos essa semana e é importante cuidar da saúda dos atletas”, avaliou.
“Não diria improvisar, mas criar dinâmicas diferente. Começamos o jogo com 4 jogadores móveis no ataque. Havia um jogador mais fixo, que botamos inicialmente o Luiz Henrique na posição de 9, mas com toda liberdade para alternar para termos uma dinâmica diferente”, completou o técnico.
Eduardo comemorando o seu terceiro gol sob comando de Artur Jorge
A alternativa tem sido por Eduardo, e o camisa 33 tem correspondido. São três gols do meia nos últimos três jogos, todos aparecendo dentro da área para finalizar.
“Sabemos que é um jogador importante para nós pela qualidade, experiência e pelo jogo jogado. Com um ataque mais móvel, ele (Eduardo) é um jogador que pode acrescentar isso também. No momento do gol, já tínhamos um jogador mais de área que é o Júnior. Mas é fundamental que ele possa estar dentro da zona de finalização”, explicou Artur Jorge.
Mudanças certeiras
Outro ponto que tem sido destaque neste início de trabalho é a capacidade de Artur Jorge fazer a leitura do jogo e melhorar a equipe no intervalo e com substituições.
Não à toa, o Botafogo cresceu de rendimento nas etapas finais contra Flamengo e Vitória. Nesta quinta (2), as entradas de Romero, Júnior Santos e Danilo Barbosa foram determinantes.
“Sabíamos que seria difícil, um jogo de Copa. Soubemos fazer nosso papel em casa. Podíamos ter feito dois, três, mas estavam impedidos. Fico feliz com a atuação da equipe e com a evolução constante que estamos tendo”, afirmou Halter, o atleta com mais minutos no Botafogo em 2024.
“Isso é do futebol (mudança após o intervalo). Corrigimos os erros e fomos felizes no segundo tempo. Entramos com o pensamento de que precisávamos do resultado neste primeiro jogo”, finalizou.