Ouvindo...

Participe do canal e receba as notícias do Atlético no WhatsApp

Título da Libertadores 2013 marcou nomes na história do Atlético; confira

Dos mais de 30 nomes inscritos pelo Galo, alguns foram destaque na histórica campanha do título

Título do Atlético na Copa Libertadores completa dez anos nesta segunda-feira

Trinta e três jogadores foram inscritos pelo Atlético ao longo da campanha vitoriosa na Copa Libertadores 2013, que completa dez anos da conquista nesta segunda-feira (24). Naquela época, eram exigidos 30 nomes por clube na competição, com direito a alterações em momentos determinados pela Conmebol.

Naturalmente, muitos desses atletas sequer entraram em campo pelo Galo na competição, e por diversos motivos, alterações na lista de inscrição precisaram ser feitas no decorrer do caminho pelo então técnico Cuca. Com um elenco recheado e muito estrelado, o primeiro troféu da Libertadores também fez com que alguns nomes fossem cravados na história alvinegra.

“Do goleiro ao ponta esquerda”, a escalação do Galo estará na memória dos torcedores para a eternidade. Abaixo, a reportagem lista alguns desses nomes que tiveram um “algo a mais” na campanha do título e ganham ainda mais destaque na “Libertação Atleticana”.

Victor - o goleiro que virou santo

A história de Victor se mistura com o próprio Atlético. De 2012 a 2021, foram 424 jogos e nove títulos com a camisa alvinegra, mas a idolatria do torcedor ganhou novos contornos em 30 de maio de 2013.

Naquela noite, o goleiro usou o pé esquerdo para defender um pênalti contra o Tijuana, nos acréscimos do segundo jogo das quartas de final, e garantir a vaga do Atlético à semifinal. As duas fases seguintes foram decididas nos pênaltis, com uma defesa de Victor em cada.

Canonizado, o goleiro virou sinônimo de liderança e espírito vencedor para as futuras gerações atleticanas.

Leonardo Silva – o gol da sobrevida

O zagueiro foi mais um caso de jogador que “vira a casaca” no futebol mineiro. Após deixar o Cruzeiro, acertou com o Atlético em 2011 e rapidamente formou dupla com Réver, na parceria que ficou conhecida como as “Torres Gêmeas”.

Léo Silva foi nome de destaque em 2012, mas em 2013, ganhou também o coração de muitos torcedores. Nos minutos finais da decisão da Libertadores, quando a vitória parcial sobre o Olimpia no Mineirão ainda não era suficiente, ele aproveitou cruzamento para marcar o gol da sobrevida, que levava o jogo para a prorrogação.

Na disputa de pênaltis, o zagueiro converteu a última cobrança do Galo, mas foi no gol de cabeça em que escreveu o nome na história. “Demorou uma eternidade para a bola entrar”, diriam os atleticanos.

Bernard – rumo à Seleção com ‘alegria nas pernas’

Principal revelação do Atlético em muitos anos, Bernard teve ascensão meteórica quando se firmou no time principal, ainda em 2011. No ano seguinte, já titular absoluto, foi a revelação também da Série A do Campeonato Brasileiro.

Na caminhada do título da Libertadores, Bernard formou trio de ataque com Diego Tardelli e Jô, dando assistência inclusive para o gol de Léo Silva contra o Olimpia-PAR, no segundo jogo da final.

Pouco após a conquista, ele deixou o Galo rumo ao Shakhtar Donetsk, mas graças ao trabalho com a camisa 11 alvinegra, foi convocado para a Copa das Confederações em 2013 e para a Copa do Mundo em 2014.

Diego Tardelli – de volta ao lar para conquistar a América

O atacante Diego Tardelli tinha sido o grande nome do Atlético entre 2009 e 2010, e retornou a Belo Horizonte como principal contratação para 2013. Na segunda passagem pela Cidade do Galo, que durou até 2014, foi peça decisiva em vitórias na fase de grupos e no mata-mata, especialmente contra o São Paulo, nas oitavas de final, e contra o Tijuana, nas quartas – quando marcou um gol no México e ajudou a manter o Galo vivo para o jogo de volta.

Tardelli era um dos nomes “já conhecidos” do torcedor e muito identificado pela passagem anterior, quando a situação era bem diferente de 2013. O que ainda faltava ao ídolo da camisa 9 era um grande título pelo Galo, o que deixou de ser problema na noite de 24 de julho daquele ano.

Jô – de renegado a artilheiro em um ano

O atacante Jô chegou ao Atlético em 2012 após problemas de indisciplina no Internacional. Sob desconfiança, mas com um currículo que podia inspirar, ele não falhou com a camisa atleticana. No Brasileirão daquele ano, foi o vice-artilheiro do time, atrás apenas de Bernard.

A consagração também veio em 2013, não apenas com o titulo da Libertadores, mas com a artilharia da competição, que credenciou Jô para ser convocado para a Copa das Confederações 2013 e posteriormente para a Copa do Mundo em 2014.

No espaço de um ano, Jô deixou de ser um “garoto problema” em Porto Alegre para ser referência no ataque do Atlético. Em dois anos, voltava a ser jogador de Seleção Brasileira como artilheiro e campeão da Copa Libertadores.

Ronaldinho – a magia do Rei da América

Ronaldo de Assis Moreira dispensa comentários ou definições. Assim como Jô, chegou a Belo Horizonte sob desconfiança e foi mais um a dar a volta por cima vestindo preto e branco. Líder do time em 2012, referência em 2013, conquistando também o título de Rei da América, concedido ao melhor jogador da Copa Libertadores daquele ano.

Ronaldinho lotou treinos, estádios e aeroportos pela América do Sul enquanto vestiu as camisas 49 ou 10 do Atlético. Estatisticamente, não foi o mais brilhante na Libertadores, mas sem ele, seria difícil ver a massa com o mesmo brilho na caminhada rumo ao título histórico.

Veja os 33 jogadores que, em algum momento, estiveram inscritos pelo Atlético na Copa Libertadores 2013

  • Goleiros: Giovanni, Lee e Victor.

  • Laterais: Carlos César, Junior Cesar, Marcos Rocha e Michel

  • Zagueiros: Gilberto Silva, Leonardo Silva, Rafael Marques, Réver e Sidimar + Jemerson

  • Volantes: Leandro Donizete, Pierre, Richarlyson e Serginho + Josué + Lucas Cândido

  • Meias: Cláudio Leleu, Morais, Nikão, Ronaldinho Gaúcho e Rosinei.

  • Atacantes: Alecsandro, Araújo, Bernard, Diego Tardelli, Guilherme, Jô, Luan, Neto Berola e Paulo Henrique.

Jornalista formado na PUC Minas. Experiência com reportagens, apresentação e edição de texto em televisão, rádio e web. Vivência em editorias de Cidades e Esportes.