Responsável pela organização da Copa Libertadores, a Conmebol abriu um expediente disciplinar sobre o caso de racismo sofrido por Everson. O goleiro do Atlético foi alvo de insultos preconceituosos após o empate com o Libertad-PAR, nessa terça-feira (27), no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai.
Em entrevista concedida depois do episódio, o arqueiro do Galo pediu medidas mais severas em casos do tipo.
“Cabe a nós buscarmos nossos direitos. Daqui a pouco vai ser só mais uma nota da Conmebol, mas a gente tem que procurar se manter firme, trabalhando, com a esperança de que um dia isso pode mudar. Mas se não tiver medidas mais drásticas, isso não vai mudar”, disse.
A abertura do expediente disciplinar faz parte do processo natural de acusações em competições organizadas pela Conmebol. Depois disso, ainda está prevista a notificação das partes envolvidas, envio da argumentação de defesa e reunião do tribunal, antes da decisão final.
Em nota publicada nas redes sociais ainda nessa terça-feira (27), o Atlético também pediu punições severas nos casos de racismo,
Veja a nota do Atlético
¨Indignação é a palavra que define o sentimento do Galo diante das manifestações racistas de torcedores do Libertad, dirigidas ao goleiro Everson. Punições realmente severas precisam ser aplicadas para que essas cenas covardes e inadmissíveis, vistas no Defensores del Chaco, não aconteçam nos estádios da América do Sul. Ao nosso paredão e multicampeão Everson, o carinho e a admiração de toda a Massa Atleticana.
O Atlético registrou imagens dos lamentáveis insultos racistas e o diretor de futebol do Clube, Rodrigo Caetano, as encaminhou de imediato ao delegado da partida, para dar conhecimento do ocorrido à Conmebol¨.