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Clubes argentinos usam redes sociais para condenar Ditadura Militar no país

Publicações relembram golpe de estado realizado há 49 anos no país vizinho

Vélez Sarsfield fez publicação com fotos de sócios desaparecidos durante a Ditadura Militar

O dia 24 de março é feriado na Argentina desde 2002. A data foi escolhida como “Día de la Memoria por la Verdad e la Justicia” por ter sido neste dia, em 1976, que ocorreu um golpe militar no país. Os clubes de futebol da Argentina foram as redes sociais para aderir ao movimento “nunca más”.

A Ditadura Militar na Argentina ocorreu entre os anos de 1966 a 1983. Estima-se que mais de 30 mil pessoas sumiram nos porões do regime militar. Atual presidente da Argentina, Javier Milei nega os crimes cometidos pelos militares no poder.

Desde o final da Ditadura, 1.184 pessoas foram condenadas por crimes relacionados à repressão. Durante o período ditatorial, a Argentina recebeu uma Copa do Mundo e foi campeã (1978). Investigações independentes comprovaram que militares envolvidos na organização do evento enriqueceram ilicitamente.

O dia foi marcado por publicações de várias instituições esportivas. Dos gigantes como Boca Júniors e River Plate aos clubes de menores expressão e também a Asociación del Fútbol Argentino (AFA).

O Vélez Sarsfield publicou uma imagem com fotos de torcedores desaparecidos durante o período. Em texto, citou o nome de cada um dos 17 desaparecidos. “Defendamos a democracia e sigamos trabalhando por um clube e uma sociedade mais justa e inclusiva”, diz parte da publicação.

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Dois vídeos viralizaram em meio às homenagens. Ferro Carril Oeste e Estudiantes de la Plata publicaram vídeos emocionantes relembrando fatos da época.

Veja vídeos do Ferro Carril Oeste e Estudiantes

Leonardo Parrela é repórter multimídia na área de esportes na Itatiaia. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com Globo Esporte, UOL Esporte e Hoje Em Dia, onde cobriu Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.