Longe da área técnica desde que deixou a Seleção Brasileira, em 2026, Dunga comparou seu último trabalho na Canarinho com o de Tite, que comandou a equipe na Copa do Mundo de 2018 e de 2022, e criticou a imagem criada sobre o atual treinador do Flamengo.
Campeão mundial como jogador em 1994, Dunga foi além e falou sobre o apelo de Tite na mídia nacional. “Quer que eu seja polêmico? Eu não coloquei minha mãe para dar entrevista na Globo”, disparou.
“Eu não fiz propaganda para ninguém, não falei que eu era o melhor”, completou.
O ex-técnico da Seleção também relembrou o chamado recebido da CBF. “Os caras foram bater na minha casa para eu ser treinador”, contou.
“No futebol muitas pessoas vendem uma coisa... todo mundo é bom, todo mundo tem defeito. A gente tem que analisar por aquilo que aconteceu, pela realidade”, completou.
Históricos na Seleção
Dunga comandou a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010, quando foi eliminado pela Holanda, nas quartas de final. A fase, inclusive, foi a mesma que interrompeu os sonhos de Tite, eliminado por Bélgica, em 2018, e Croácia, em 2022.
Após a eliminação em 2010, o ex-capitão da Canarinho voltou a treinar a equipe entre 2014 e 2016. Desta vez, foi desligado do cargo após ser eliminado na primeira fase da Copa América Centenário. Na ocasião, perdeu para o Peru, por 1 a 0.
Com Dunga, a Seleção conquistou Copa América (2007), Copa das Confederações (2009) e Superclássico das Américas (2014). Por outro lado, Tite venceu a Copa América de 2014.
“As pessoas pegam tudo que é negativo. Por exemplo, ganhou de 3 a 0 na Argentina lá, eu ganhei também. Classificou com três jogos (de antecedência), eu também classifiquei com três jogos. Ganhei a Copa América, ganhei a Copa das Confederações. Sem experiência, imagina se eu tivesse experiência”, comparou Dunga.
Problemas com a mídia
Durante a entrevista, Dunga também relembrou o relacionamento conturbado que viveu com a mídia. “Meu problema não era com a Globo, era com alguns personagens da Globo que queriam mandar, aproveitavam que trabalhavam na Globo para apitar”, iniciou.
“Eles estavam acostumados com uma fórmula e cada treinador tem uma fórmula. Tenho minhas convicções e se eu errar, sem problemas, peço desculpas. Agora, se eu tiver razão, esquece”, completou.
Para o técnico, o grande problema era a insistência em colher “explicações” sobre o seu trabalho.
“Tu faz um trabalho para uma empresa e eu faço para a minha, eu vou ter que dar explicação para quem tá lá em cima. Os caras queriam que eu desse explicações para eles, eu falava: ‘não vamos nem conversar’”, finalizou.
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