Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente do Brasil, defendeu a prisão de Robinho, condenado por estupro na Itália. O chefe do Executivo deu a declaração numa entrevista nesta segunda-feira (11). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) está com
“Um homem, um jovem, que tem dinheiro, um jovem rico, famoso, praticar estupro? E coletivo? E acha que não cometeu crime. Acha que estava bêbado? Ah, cria vergonha. Estupro é um crime imperdoável. Então, as pessoas têm que ser julgadas e condenadas. O Robinho já foi condenado na Itália e era para estar cumprindo pena aqui”, disse em entrevista ao SBT Brasil.
O presidente ainda classificou o crime como “imperdoável”. A sentença da Justiça italiana condenou o jogador a nove anos de prisão por estupro coletivo contra uma jovem de origem albanesa, em 2013.
“Ele vai ser julgado esse mês, e espero que ele pague o preço da irresponsabilidade dele de ser um jovem que teve mais sorte do que 99% dos jovens brasileiros, que ganhou muito dinheiro, que ficou muito famoso e não precisava ter feito isso com a menina”, completou.
Veja declaração na íntegra de Lula
“O que eu penso é o seguinte: todas as pessoas que cometerem crimes de estupro têm que ser presas. as pessoas precisam aprender que a relação sexual não é apenas o desejo de uma parte. É a concórdia das partes que estão em jogo.
Um homem, um jovem, que tem dinheiro, um jovem rico, famoso, praticar estupro? E coletivo? E acha que não cometeu crime. Acha que estava bêbado? Ah, cria vergonha.
Estupro é um crime imperdoável. Então, as pessoas têm que ser julgadas e condenadas. O Robinho já foi condenado na Itália e era para estar cumprindo pena aqui.
Ele vai ser julgado esse mês, e espero que ele pague o preço da irresponsabilidade dele de ser um jovem que teve mais sorte do que 99% dos jovens brasileiros, que ganhou muito dinheiro, que ficou muito famoso e não precisava ter feito isso com a menina”.
O caso Robinho
Robinho recebeu em dezembro de 2020 a pena de nove anos de prisão no caso que investigava a violência sexual contra uma jovem de origem albanesa, em 2013. O caso teria ocorrido em uma boate na Itália. A vítima alegou ter sido embriagada e abusada sexualmente por seis homens enquanto estava inconsciente. Por outro lado, os advogados de Robinho sustentaram que a relação foi consensual.
Em janeiro do ano passado, o atleta teve a condenação confirmada pela mais alta instância da Justiça italiana. Quase um mês depois, em 16 de fevereiro, foi emitido um mandado de prisão internacional.
A acusação utilizou áudio gravado a partir de uma escuta instalada em um carro, que flagrou uma conversa entre Robinho e seus amigos, o que possibilitou confirmar a versão da vítima sobre o estupro coletivo.
A defesa entregou o passaporte do ex-jogador ao STJ. Desde então, Robinho está proibido de deixar o Brasil.
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