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Lula defende prisão de Robinho no Brasil por estupro na Itália: ‘Cria vergonha’

Presidente comentou sobre situação envolvendo ex-jogador durante entrevista nesta segunda-feira (11)

Robinho foi condenado a nove anos por estupro cometido na Itália

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente do Brasil, defendeu a prisão de Robinho, condenado por estupro na Itália. O chefe do Executivo deu a declaração numa entrevista nesta segunda-feira (11). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) está com julgamento marcado sobre o caso para o próximo dia 20 de março.

“Um homem, um jovem, que tem dinheiro, um jovem rico, famoso, praticar estupro? E coletivo? E acha que não cometeu crime. Acha que estava bêbado? Ah, cria vergonha. Estupro é um crime imperdoável. Então, as pessoas têm que ser julgadas e condenadas. O Robinho já foi condenado na Itália e era para estar cumprindo pena aqui”, disse em entrevista ao SBT Brasil.

O presidente ainda classificou o crime como “imperdoável”. A sentença da Justiça italiana condenou o jogador a nove anos de prisão por estupro coletivo contra uma jovem de origem albanesa, em 2013.

“Ele vai ser julgado esse mês, e espero que ele pague o preço da irresponsabilidade dele de ser um jovem que teve mais sorte do que 99% dos jovens brasileiros, que ganhou muito dinheiro, que ficou muito famoso e não precisava ter feito isso com a menina”, completou.

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“O que eu penso é o seguinte: todas as pessoas que cometerem crimes de estupro têm que ser presas. as pessoas precisam aprender que a relação sexual não é apenas o desejo de uma parte. É a concórdia das partes que estão em jogo.

Um homem, um jovem, que tem dinheiro, um jovem rico, famoso, praticar estupro? E coletivo? E acha que não cometeu crime. Acha que estava bêbado? Ah, cria vergonha.

Estupro é um crime imperdoável. Então, as pessoas têm que ser julgadas e condenadas. O Robinho já foi condenado na Itália e era para estar cumprindo pena aqui.

Ele vai ser julgado esse mês, e espero que ele pague o preço da irresponsabilidade dele de ser um jovem que teve mais sorte do que 99% dos jovens brasileiros, que ganhou muito dinheiro, que ficou muito famoso e não precisava ter feito isso com a menina”.

O caso Robinho

Robinho recebeu em dezembro de 2020 a pena de nove anos de prisão no caso que investigava a violência sexual contra uma jovem de origem albanesa, em 2013. O caso teria ocorrido em uma boate na Itália. A vítima alegou ter sido embriagada e abusada sexualmente por seis homens enquanto estava inconsciente. Por outro lado, os advogados de Robinho sustentaram que a relação foi consensual.

Em janeiro do ano passado, o atleta teve a condenação confirmada pela mais alta instância da Justiça italiana. Quase um mês depois, em 16 de fevereiro, foi emitido um mandado de prisão internacional.

A acusação utilizou áudio gravado a partir de uma escuta instalada em um carro, que flagrou uma conversa entre Robinho e seus amigos, o que possibilitou confirmar a versão da vítima sobre o estupro coletivo.

A defesa entregou o passaporte do ex-jogador ao STJ. Desde então, Robinho está proibido de deixar o Brasil.

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Leonardo Parrela é repórter multimídia na área de esportes na Itatiaia. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com Globo Esporte, UOL Esporte e Hoje Em Dia, onde cobriu Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.