Adeus meu Ídolo. Quero que o mundo saiba da minha eterna gratidão por você. Obrigado pelos títulos em campo e as entrevistas encorpadas, assim como eram suas atuações “ali no verde”.
Amar Zagallo na pura concepção do amor ao próximo nunca foi difícil. Seu jeito de conquistar corações em verde e amarelo foi a coisa mais perfeita e natural da sua vida.
“Vocês vão ter que me engolir” disse você um dia de 1997 ao conquistar mais um torneio com a “amarelinha”. Até os velhos críticos se renderam a sua sorte de campeão.
A Rádio Itatiaia me presenteou desde 1991 em estar diariamente com Zagallo em inúmeras coberturas pelo planeta terra. Dele tentei extrair o seu melhor. Dignidade, um ser honesto e brilhante em tudo.
Zagallo conquistou com a melhor geração de jogadores do Brasil a Copa do México em 1970. Gerson Canhotinha de Ouro, meu companheiro de rádio, sempre encheu os pulmões para falar daquele treinador que teimou em colocar cinco jogadores que usavam a “camisa 10” em seus times. Tostão, Gerson, Jairzinho, Rivelino e Pelé. Deu no que deu.
24 anos depois, nos Estados Unidos, para voltarmos a ser campeões do mundo Zagallo virou um escudeiro para Carlos Alberto Parreira. Polêmica era com ele e jogo da bola com o treinador e os jogadores. Deu no que deu.
Zagallo eterno, tem 13 letras. Como sempre gostou. O 13 de Santo Antônio, que era tão devoto e propagador.
Descanse em paz meu Mestre, meu amigo e meu herói.
Vai encantar Deus lá no céu com sua arte, bom humor e carisma. E de novo, obrigado por tudo!