O técnico Cuca publicou posicionamento em nota oficial após a decisão judicial de anular a sentença que havia condenado o técnico Cuca por estupro.
“Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos 8 meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, disse Cuca, por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa.
A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (3). A extinção do processo se deu por uma falha na condução jurídica. Não há possibilidade de um novo julgamento, uma vez que o crime já prescreveu. Vale destacar que o Tribunal não julgou o mérito, e, portanto, não inocentou Cuca.
Além da anulação da sentença, o brasileiro vai receber uma indenização de 13 mil francos suíços (R$ 55 mil na cotação atual).
Falha jurídica
Em meados de 2023, a defesa de Cuca apresentou um pedido de novo julgamento pelo brasileiro ter sido condenado à revelia - sem ‘direito’ de defesa. Em 1989, ano da condenação, o Grêmio indicou um advogado, que acabou renunciando à defesa. Com isso, o julgamento foi realizado apenas com representação da promotoria. A juíza reconheceu, segunda a assessoria de Cuca, “enorme prejuízo pela ausência de um advogado”.
A Itatiaia procurou o Tribunal Regional de Berna, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado em caso de resposta.
Último trabalho
Cuca deixou o Corinthians na madrugada de 27 de abril, logo após
A rejeição ganhou muita força após uma declaração de Will Egloff, advogado da vítima do caso em questão.
Relembre o caso
Cuca, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castold foi acusado de estuprar Sandra Pfäffli em 1987, na cidade de Berna, na Suíça, quando a garota tinha 13 anos e foi ao hotel do Grêmio pedir autógrafo e camiseta autografada do clube de presente.
Na época, os quatro jogadores ficaram presos na Suíça por quase um mês, antes de retornarem ao Brasil. O julgamento do caso ocorreu dois anos depois, e a acusação de estupro acabou se transformando em violência sexual, diminuindo a sentença para 15 meses de prisão.
Como não existe lei de extradição no Brasil, Eduardo, Cuca, Henrique e Fernando jamais cumpriram a punição.