A Seleção masculina de futebol dos Estados Unidos conquistou o título da Nations League de sua Confederação neste domingo (18) ao bater o Canadá por 2 a 0. A conquista, no entanto, mascarou um cenário incerto nos bastidores: a falta de técnico. A Confederação, sem conseguir contratar um novo nome, apostou num velho conhecido: Gregg Berhalter.
O ex-jogador foi oficializado de volta no cargo na última sexta-feira (16). Ele assume no lugar do treinador que não teve o seu contrato renovado ao final da Copa do Mundo de 2022... que era o próprio Gregg Berhalter.
O estadunidense assumiu a Seleção em 2018 após o fracasso da não classificação para o Mundial daquele ano. No comando por quatro anos, levou a equipe a Copa do Catar e também conquistou os títulos da Copa Ouro e Nations League (2020).
O contrato foi encerrado ao final da participação no Mundial do Catar, em 2022. Os americanos se classificaram na fase de grupos, mas pararam nas oitavas de final diante da Holanda.
Polêmica
Em janeiro de 2023, pouco depois do desligamento do cargo, Berhalter divulgou um comunicado em relação a vida pessoal. O treinador assumiu que, em 1991, deu um chute nas pernas da companheira (hoje esposa) numa discussão.
Pouco depois a imprensa noticiou que quem comunicou a situação a Federação foi a mãe de Giovanny Reyna, atleta da Seleção. Berhalter criticou um jogador publicamente, sem citar nomes, pela falta de comprometimento. O jogador reconheceu a atitude, pediu desculpas, mas criticou o técnico por tornar público uma problema interno.
Foco em 2026
Berhalter foi reconduzido ao cargo pela familiaridade com o grupo de jogadores e pelo bom trabalho realizado no ciclo anterior. A Federação apostou num nome conhecido para conduzir a Seleção num ciclo importantíssimo.
“Estou confiante que Gregg é a pessoa certa para o trabalho e estamos ansiosos para seguir trabalhando em parceria com ele”, afirmou o diretor esportivo da Federação, Matt Crocker.
A Copa do Mundo de 2026 terá os Estados Unidos como uma das sedes. 12 cidades americanas receberão jogos do Mundial.
A ideia da Federação é, pelo menos, igualar a campanha de 2002, quando chegou às quartas de final. A melhor campanha da história dos Estados Unidos em Copa foi em 1930 quando ficou em terceiro lugar.
