Os 18 clubes que fazem parte da Libra aprovaram nesta sexta-feira (26), de forma unânime, a mudança em cláusula de seu estatuto que dificultava a criação da Liga de Clubes, o Campeonato Brasileiro que pode ser organizado sem a CBF a partir de 2025.
Agora, a garantia mínima de proteção financeira será para todos os clubes, não apenas para Flamengo e Corinthians, caso a receita da competição daqui a dois anos seja igual ou menor do que a da edição de 2023. Ou seja: todos irão receber no mínimo o que já recebiam nos contratos anteriores.
A votação ocorrida em reunião virtual, nesta sexta-feira, bateu o martelo em decisão que havia sido tomada na terça-feira (23), em encontro ocorrido entre membros da Libra na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), em São Paulo.
A direção da Libra acredita que essa cláusula da garantia mínima não será utilizada, mas a incluiu por segurança jurídica. A expectativa é de que a receita de 2025 seja superior à de 2023.
O texto previsto no estatuto prevê que se as receitas totais arrecadadas para a edição de 2025 da Liga Brasileira fiquem menores ou iguais à da edição de 2023, estimada em R$ 2 bilhões, a divisão dos valores se mantenha nas mesmas condições proporcionais atuais:
40% divididos igualmente entre todos
30% distribuídos de acordo com a audiência
30% de acordo com a posição na tabela
Se a receita ficar entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões essa divisão fica igual, mas ela aumenta se a receita ultrapassar os R$ 4 bilhões:
45% divididos igualmente entre todos
30% distribuídos de acordo com a audiência
25% de acordo com a posição na tabela
Essa mudança também deve agradar membros da Liga Forte Futebol (LFF), o outro grupo criado para tentar colocar de pé uma Liga e que via nessa cláusula de garantia mínima só para Flamengo e Corinthians um empecilho para negociarem juntos. Se esses blocos se unirem é possível que em 2025 haja duas divisões da Liga Brasileira, com 40 clubes divididos em Séries A e B.
A Libra tem como membros Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória. Todos, inclusive Corinthians e Flamengo, votaram a favor da mudança.
A Liga Forte Futebol é formada por ABC, Athletico, Atlético, América, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sport, Vila Nova e Tombense.