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Polícia espanhola prende sete pessoas por ataques racistas contra Vini Jr

Astro brasileiro do Real Madrid tem sido alvo recorrente de insultos raciais em jogos do Campeonato Espanhol

Vibi Jr tem sido alvo constante de ataques racistas na Espanha

A polícia espanhola anunciou, nesta terça-feira (23), a detenção de sete pessoas por ataques racistas contra o atacante brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid. Três foram presos em Valência por proferir insultos durante a partida do domingo (21) no estádio Mestalla, e outros quatro em Madrid pela simulação de um enforcamento de um boneco com a camisa de Vini Jr, em janeiro.

Os sete torcedores - três do Valencia e quatro do Atlético de Madrid - foram detidos por suspeita de crime de ódio contra Vinícius Júnior. Segundo a imprensa local, três dos quatro presos na capital espanhola são integrantes da torcida organizada ‘Frente Atlética'; sendo que um deles tem passagem por crime de lesão corporal.

Em Valência, a Polícia deteve três jovens suspeitos de proferir insultos racistas durante a partida de La Liga, no domingo (21), entre o clube merengue e o Valencia.

“A polícia deteve três jovens em Valência por comportamentos racistas ocorridos no domingo passado no jogo entre Valencia CF e Real Madrid”, informou a Polícia Nacional, que abriu uma investigação após os acontecimentos que provocaram uma onda de indignação, na Espanha e no exterior.

Alvo frequente de ofensas racistas desde que chegou ao Real Madrid, em 2018, Vinícius Júnior foi chamado de “macaco” por torcedores do Valencia na derrota de 1-0 no domingo passado.

Os ataques, denunciados pelo jogador e pelo Real Madrid, levaram a Procuradoria de Valência a abrir uma investigação por suposto “crime de ódio”, uma tipificação penal que inclui os crimes racistas na Espanha.

A Comissão Antiviolência, órgão vinculado ao Conselho Superior dos Esportes (CSD), anunciou, na segunda-feira (22), que estava examinando as imagens disponíveis para identificar os autores dos insultos e “propor as sanções correspondentes”.

O novo ataque provocou muitas reações na Espanha, onde os atos de racismo nos estádios são denunciado há muitos anos por jogadores e associações que consideram que o problema não é levado a sério no país.

“Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na LaLiga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam”, lamentou Vini Jr nas redes sociais após a partida.

“A primeira coisa é reconhecer que temos um problema de comportamento, de educação, de racismo”, disse na segunda-feira o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, pediu “tolerância zero” ao racismo no futebol.

*Com agências

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