Rodriguinho foi alertado por Isabelle após se referir à manauara como "índia” no BBB 24 nessa quinta-feira (11). Pouco depois, o cantor também foi orientado por Wanessa Camargo sobre o uso da palavra considerada pejorativa.
Isabelle foi colocada na “Mira do Líder” e poderá ser indicada ao Paredão nesta sexta-feira (12). Ao chamar a sister, ele se referiu à ela como "índia”.
“Nós, todos os povos, estamos em conexão e retomada. O termo 'índia’ é um termo meio que pejorativo, porém o mundo está compreendendo isso agora. Quando você vai falar de um indígena de fato, é indígena ou povo originário. 'Índia’ foi quando o colonizador chegou ao Brasil e quis falar que parecíamos o povo da Índia, como se a gente não tivesse nossa [identidade]”, disse Isabelle.
“Nossa, mas é muita coisa”, comentou o cantor. “Calma, você tá aprendendo. Uma coisa seria eu te expliquei e você continuou. A gente tá se reeducando e em constante evolução”, pontuou a sister.
Além dela, Wanessa, que é próxima ao artista, também decidiu conversar com ele. “Cuidado pra não falar índia”, alertou. “Ah, sei como é que é...”, disse o cantor. “Não pode falar 'índia’. É descendente indígena, mas ela é manauara. Aprenda sempre, só isso”, destacou a cantora.
Use indígena
O termo indígena significa “originário, aquele que está ali antes dos outros” e valoriza a diversidade de cada povo. Além de considerado vazio o termo "índio”, é pejorativo e reforça estereótipos.
O termo começou a ser popularizado pelos colonizadores europeus. Eles acreditavam terem chegada as Índias Orientais, quando, na verdade, estavam em terras americanas. A partir dali, os povos originários começaram a ser chamados erroneamente de "índios”.
Em abril de 2022, o “Dia do Índio” passou a ser chamado oficialmente de “Dia dos Povos Indígenas”. A Lei 14.402/22 foi promulgada pelo então presidente Jair Bolsonaro em julho daquele ano.
O projeto de lei foi apresentado pela deputada Joenia Wapichana (Rede-RR). “O propósito é reconhecer o direito desses povos de, mantendo e fortalecendo suas identidades, línguas e religiões, assumir tanto o controle de suas próprias instituições e formas de vida quanto de seu desenvolvimento econômico”, afirmou a deputada à época.
A proposta chegou a ser vetada pelo governo, no entanto, no dia cinco daquele mês, em sessão conjunta do Congresso Nacional, os parlamentares derrubaram o veto.
Com informações da Agência Câmara de Notícias