Um dos filmes mais emblemáticos da história do
Para celebrar o marco, a National Geographic lançará o documentário inédito “Tubarão: A História de um Clássico”, com estreia marcada para 10 de julho no Disney+. No documentário, o filme será revisitado sob uma nova perspectiva, com depoimentos inéditos, imagens exclusivas dos arquivos de Steven Spielberg e Peter Benchley, além de um mergulho profundo no processo criativo, nas dificuldades e nos bastidores.
Enquanto a estreia não chega, reunimos 5 curiosidades incríveis sobre os bastidores desse clássico que ainda hoje impacta gerações:
1. O tubarão que quase afundou o filme
O famoso tubarão mecânico, apelidado de Bruce, deu tanta dor de cabeça à equipe que quase comprometeu toda a produção. Criado especialmente para o filme, o boneco nunca foi testado em água salgada e apresentava falhas constantes.
Foram semanas de consertos, puxando o animatrônico do fundo do mar sempre que quebrava. A série de problemas levou Spielberg a tomar uma decisão criativa que se tornaria uma das marcas do filme: não mostrar o tubarão por boa parte da história, aumentando a tensão e o suspense de forma brilhante.
2. A trilha sonora que virou fenômeno
O tema criado por John Williams é uma das trilhas sonoras mais reconhecíveis da história do cinema. As simples, mas eficazes duas notas — “dun dun, dun dun” — se tornaram sinônimo de tensão e perigo.
A composição rendeu a Williams o segundo Oscar da carreira, além de um dos seus 26 Grammys. Até hoje, é impossível ouvir essa sequência de notas sem imediatamente lembrar do perigo iminente no mar.
3. Muitas mudanças do livro para as telas
O roteiro de Tubarão passou por grandes adaptações em relação ao livro escrito por Peter Benchley.
No romance, por exemplo, o personagem Hooper tem um caso com a esposa de Brody e morre devorado na jaula — algo totalmente eliminado no filme, por decisão de Spielberg, que considerou esse arco desnecessário e prejudicial à empatia pelo personagem.
Outra mudança marcante foi no final. No livro, o tubarão simplesmente morre de exaustão. Spielberg achou esse desfecho pouco cinematográfico e criou a clássica cena em que Brody explode o animal com um cilindro de oxigênio. Benchley não aprovou e, após discutir no set, precisou ser escoltado.
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4. A clássica cena de abertura foi real demais
A icônica cena de abertura, em que a jovem Chrissie Watkins é atacada no mar, ganhou realismo de uma forma inesperada.
A atriz Susan Backlinie foi presa a um sistema de cabos que a puxava de forma imprevisível. Spielberg pediu à equipe que não informasse à atriz a ordem dos puxões, gerando uma reação de pânico totalmente autêntica. Portanto, o grito de desespero que ouvimos na cena não foi atuação.
5. Bruce, o tubarão, virou até piada em outro filme
O tubarão mecânico foi carinhosamente apelidado de Bruce, uma referência ao advogado de Spielberg, Bruce Ramer. O nome se tornou tão famoso nos bastidores de Hollywood que, anos depois, a Pixar fez uma homenagem em Procurando Nemo (2003), batizando também de Bruce o tubarão vegetariano do filme.
Assista o documentário
O único documentário autorizado sobre os bastidores de Tubarão oferece um olhar profundo e sem filtros sobre o caos e a criatividade por trás da produção, com imagens inéditas dos arquivos de Steven Spielberg e Peter Benchley, além de entrevistas exclusivas com elenco, equipe e cineastas que foram impactados pelo filme.
* Sob supervisão de Lucas Borges