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Cinco fatos sobre ‘Tubarão’ nos 50 anos de lançamento do clássico de Steven Spielberg

Veja curiosidades sobre os bastidores desse clássico que ainda hoje impacta gerações

O filme ‘Tubarão’ dirigido por Steven Spielberg completa 50 anos em 2025

Um dos filmes mais emblemáticos da história do cinema, ‘Tubarão’ completa 50 anos em 2025. O filme, inaugurou a era dos blockbusters e mudou a relação do público com o oceano — e com os tubarões.

Para celebrar o marco, a National Geographic lançará o documentário inédito “Tubarão: A História de um Clássico”, com estreia marcada para 10 de julho no Disney+. No documentário, o filme será revisitado sob uma nova perspectiva, com depoimentos inéditos, imagens exclusivas dos arquivos de Steven Spielberg e Peter Benchley, além de um mergulho profundo no processo criativo, nas dificuldades e nos bastidores.

Enquanto a estreia não chega, reunimos 5 curiosidades incríveis sobre os bastidores desse clássico que ainda hoje impacta gerações:

1. O tubarão que quase afundou o filme

O famoso tubarão mecânico, apelidado de Bruce, deu tanta dor de cabeça à equipe que quase comprometeu toda a produção. Criado especialmente para o filme, o boneco nunca foi testado em água salgada e apresentava falhas constantes.

Foram semanas de consertos, puxando o animatrônico do fundo do mar sempre que quebrava. A série de problemas levou Spielberg a tomar uma decisão criativa que se tornaria uma das marcas do filme: não mostrar o tubarão por boa parte da história, aumentando a tensão e o suspense de forma brilhante.

2. A trilha sonora que virou fenômeno

O tema criado por John Williams é uma das trilhas sonoras mais reconhecíveis da história do cinema. As simples, mas eficazes duas notas — “dun dun, dun dun” — se tornaram sinônimo de tensão e perigo.

A composição rendeu a Williams o segundo Oscar da carreira, além de um dos seus 26 Grammys. Até hoje, é impossível ouvir essa sequência de notas sem imediatamente lembrar do perigo iminente no mar.

3. Muitas mudanças do livro para as telas

O roteiro de Tubarão passou por grandes adaptações em relação ao livro escrito por Peter Benchley.

No romance, por exemplo, o personagem Hooper tem um caso com a esposa de Brody e morre devorado na jaula — algo totalmente eliminado no filme, por decisão de Spielberg, que considerou esse arco desnecessário e prejudicial à empatia pelo personagem.

Outra mudança marcante foi no final. No livro, o tubarão simplesmente morre de exaustão. Spielberg achou esse desfecho pouco cinematográfico e criou a clássica cena em que Brody explode o animal com um cilindro de oxigênio. Benchley não aprovou e, após discutir no set, precisou ser escoltado.

4. A clássica cena de abertura foi real demais

A icônica cena de abertura, em que a jovem Chrissie Watkins é atacada no mar, ganhou realismo de uma forma inesperada.

A atriz Susan Backlinie foi presa a um sistema de cabos que a puxava de forma imprevisível. Spielberg pediu à equipe que não informasse à atriz a ordem dos puxões, gerando uma reação de pânico totalmente autêntica. Portanto, o grito de desespero que ouvimos na cena não foi atuação.

5. Bruce, o tubarão, virou até piada em outro filme

O tubarão mecânico foi carinhosamente apelidado de Bruce, uma referência ao advogado de Spielberg, Bruce Ramer. O nome se tornou tão famoso nos bastidores de Hollywood que, anos depois, a Pixar fez uma homenagem em Procurando Nemo (2003), batizando também de Bruce o tubarão vegetariano do filme.

Assista o documentário

O único documentário autorizado sobre os bastidores de Tubarão oferece um olhar profundo e sem filtros sobre o caos e a criatividade por trás da produção, com imagens inéditas dos arquivos de Steven Spielberg e Peter Benchley, além de entrevistas exclusivas com elenco, equipe e cineastas que foram impactados pelo filme.

* Sob supervisão de Lucas Borges

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Izabella Gomes é estagiária na Itatiaia, atuando no setor de Jornalismo Digital, com foco na editoria de Cidades. Atualmente, é graduanda em Jornalismo pela PUC Minas