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Vendas de ingressos de cinema cai pela primeira vez desde a pandemia; veja dados

Pesquisa divulgada no Mercado do Cinema de Cannes aponta que as pessoas estão indo menos ao cinema

Pesquisa aponta que as pessoas estão indo menos ao cinema desde a pandemia

Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Observatório Europeu do Audiovisual (OEA) apontou que o número de ingressos vendidos nos cinemas de todo o mundo caiu 8,8% no ano passado, em comparação com 2023. Esta a primeira queda desde a pandemia de Covid-19.

Os números foram divulgados durante uma conferência no Mercado do Cinema de Cannes. “Em 2024, foram vendidos um total de 4,8 bilhões de ingressos de cinema no mundo todo, gerando uma receita estimada de 28 bilhões de euros [R$ 176,4 bilhões]”, indicou Martin Zanzler, do OEA.

“São 500 milhões de ingressos a menos em comparação com 2023. Talvez tenhamos atingido um novo platô", afirmou Kanzler.

Desde 2020, marcadamente ruim para os cinemas devido às restrições sanitárias, a assistência tinha aumentando a nível mundial. A frequência aos cinemas atingiu 68% da de 2019, último ano antes da pandemia, em comparação com mais de 70% em 2023.

Queda menor na Europa e maior na China

Neste contexto pouco dinâmico, a Europa resiste melhor do que outras regiões do mundo. A taxa de frequência aos cinemas na Europa chegou a 75% da de 2019, e a queda no número de ingressos vendidos foi de apenas 1,7% em 2024.

No entanto, na China, o maior mercado do mundo com 21% de participação de mercado, a queda na frequência atingiu 22%. Na Europa, dois países se destacam pela densidade de salas de cinema por habitante e uma alta taxa média de frequência: França e Irlanda.

Quanto às produções, “a grande maioria, 81% para ser exato, está ligada a filmes produzidos em três países”, a saber: Estados Unidos, China e Índia, destacou Manuel Fioroni, analista do OEA.

Ao contrário das produções chinesas e indianas, quase exclusivamente vendidas em seus mercados internos, os filmes americanos são exportados e “cruzam facilmente as fronteiras graças à sua rede de distribuição, mas também ao seu público internacional”.

Na Europa, 63% dos espectadores assistiram a um filme americano em 2024. Ao mesmo tempo, as produções europeias estão recuperando espaço e registraram uma participação de mercado de 33%.

*Com informações da AFP.

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André Viana é jornalista, formado pela PUC-MG. Já trabalhou como redator e revisor de textos, produtor de pautas e conteúdos para rádio e TV, social media, além de uma temporada no marketing.