A defesa da influenciadora Cíntia Chagas, ex-esposa do deputado estadual Lucas Bove (PL), entrou na Justiça de São Paulo com um pedido de prisão preventiva do parlamentar na última quinta-feira (17). O divórcio do casal aconteceu em agosto.
O casamento entre a influenciadora e o deputado durou apenas três meses. Após o divórcio, Cíntia foi à delegacia no dia 4 de setembro e, em depoimento, relatou que vivia um
Mesmo após obter a
Na última quinta-feira (17), a defesa da influenciadora, representada pela advogada Gabriela Manssur, alegou que o vice-líder do PL na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) vem descumprindo medidas cautelares - o que pode resultar na prisão preventiva do político.
Quando decretada em casos de violência doméstica, a prisão ocorre por
Em nota à Itatiaia, a defesa de Chagas afirma que o deputado vem, desde o dia 10 de outubro, descumprindo medida protetiva de urgência, já que a decisão o obriga a ‘não mencionar fatos do processo, não dar entrevistas, não falar sobre a vida pregressa do casal direta ou indiretamente’.
“Todos esses fatos foram relatados nos autos e estão sendo submetidos ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Cumpre frisar que muitos homens que são acusados de violência contra mulher, quando estão em algum cargo de poder, acabam por usar essa influência, achando que nada vai acontecer, transgridem a lei, debocham das advogadas da vítima e da própria Justiça. Isso é inadmissível”, disse a advogada Gabriela Manssur.
Além disso, a defesa destaca que existe uma decisão judicial que impede o ex-marido de mencionar o nome de Cíntia e os familiares dela em postagens nas redes sociais ou por qualquer outro veículo de comunicação, e que Lucas teria descumprido.
A advogada também solicita instauração de inquérito policial pelo crime de desobediência.
Defesa do deputado Lucas Bove
Procurada pela Itatiaia, a defesa de Lucas Bove, representada por Camila Felberg e Daniel Leon Bialski, afirma que o pedido de prisão é ‘incabível’ e vão contestar na Justiça. Confira a nota completa:
“Os advogados do Deputado Lucas Bove repudiam e, contestarão no processo, o incabível pedido formulado pela sedizente vítima, afirmando que este foi um sintoma de outro pedido formulado, anteriormente, para que fosse proibida de dar entrevistas, postar e comentar fatos alusivos ao processo, caluniando, ofendendo e desrespeitando o sigilo judicial vigente.
Reitere-se e reafirme-se que a existência do inquérito policial era até pouco tempo desconhecida do Deputado e o vazamento ocorrido, não se deu, conforme comprovação que será anexada aos autos, pelo nosso constituído. Ademais, ele não infringiu qualquer medida protetiva e, enquanto figura pública, exclusivamente, exerceu sua liberdade de expressão, mencionando que a verdade aparecerá e que seguirá respeitando a decisão judicial, e, portanto, não se manifestaria detalhadamente sobre os fatos”.