Cíntia Chagas, professora e influenciadora digital, relatou viver com medo após se divorciar do deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) e
“Por tudo que vivi com ele e pela forma como ele conduziu nossa relação. Ele tem uma arma e, conforme ele mesmo falou, perderia apenas o sonho dele na política caso as pessoas soubessem o que ele fez comigo. Já eu perderia tudo. Não sei exatamente o que é esse ‘tudo’, mas tenho medo da intempestividade dele. Desde que o B.O. vazou, ando em carro blindado, acompanhada por seguranças”, revelou Cíntia.
A influenciadora destacou que o ponto determinante para sua decisão de se separar foi um incidente em Ribeirão Preto, onde foi expulsa de um casamento após se recusar a tirar uma foto com Lucas Bove e o casal Bolsonaro. O ex-marido, segundo ela, reagiu com violência ao episódio: “Ele disse que eu havia feito ele passar uma grande vergonha, então veio para me dar um soco e falou: ‘Você só não apanha porque você tem 6 milhões de seguidores. Se não, eu estaria te chutando no chão agora’”.
Cíntia alega que era comum o ex-marido expulsá-la de locais. “Especialmente no carro. Já aconteceu de ele me mandar descer no meio da rua, eu me recusar, ele puxar minha orelha com a mão direita e gritar aqui dentro [aponta para o ouvido]... Continuando, ele jogou uma garrafa d'água em mim, bateu cinza de cigarro em uma bolsa, falou que se eu ficasse no apartamento eu não conseguiria dormir e ameaçou queimar minhas roupas. Se eu continuasse com ele, o risco era virar mais uma vítima de feminicídio, então saí de casa”.
Cíntia também relatou episódios de agressão física e psicológica, incluindo o momento em que foi ferida com uma faca arremessada por Bove durante um jantar. “Eu disse: ‘Olha o que você fez. Isso é violência, é agressão’. E ele respondeu: ‘Que bonitinha. Você vai me denunciar na Lei Maria da Penha, vai? Eu sou um deputado, meu amor. Acabo com você na hora em que eu quiser Você será a louca. Experimente me enfrentar’”.
Sobre a demora em denunciar os abusos, Cíntia explicou que foi levada a acreditar que o comportamento de Bove era passageiro. “Disse para mim mesma que ele não era assim, que ele era aquele príncipe que conheci. [...] As pessoas questionam por que eu fiquei com ele por mais de dois anos. É como se fosse uma droga.”