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Entenda o que é Epstein–Barr, vírus que causou sangramento no cérebro de Tony Ramos

Vírus está presente em 90% da população e pode favorecer o surgimento de doenças autoimunes, como a Esclerose Múltipla, na fase latente

Tony Ramos durante participação no ‘Mais Você'

O ator Tony Ramos revelou que o sangramento que teve no cérebro, em maio deste ano, foi causado pelo vírus Epstein–Barr, o mesmo que causa a mononucleose, também chamada de ‘doença do beijo’. Estudos mostram que cerca de 90% da população já foi infectada pelo vírus, que em sua fase latente pode favorecer o surgimento de doenças autoimunes, como a Esclerose Múltipla.

Durante a entrevista, Tony contou que no dia 16 de maio passou mal em casa e desmaiou em cima da cama. Ele foi encontrado desacordado pela esposa, que acionou uma ambulância para socorrê-lo. O ator foi internado na UTI e submetido a duas cirurgias de emergência.

Após sua recuperação, Tony disse que passou por um exame onde o líquido da espinha é retirado para se fazer uma cultura. “Chegaram à conclusão de que eu tenho Epstein–Barr. É uma virose que todos nós temos do corpo, da catapora, mononucleose... por eu estar com a imunidade vulnerável, ele despertou e gerou isso”, explicou.
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O que é Epstein-Barr?

Segundo o Ministério da Saúde, o vírus Epstein-Barr (EBV) é um membro da família dos herpesvírus. Ele é o agente responsável por causar a mononucleose infecciosa, doença transmitida principalmente pela saliva.

A maior parte das infecções são assintomáticas (no caso de crianças), contudo os adolescentes e adultos podem manifestar alguns sintomas, como: febre, dor de cabeça, fadiga, mal-estar, dor de garganta e aumento dos gânglios.

O vírus, no entanto, é mais comum do que se imagina. Estima-se que até 90% dos adultos já foram infectados pelo Epstein–Barr em alguma fase da vida. O problema é que esse vírus pode permanecer latente (inativo) no organismo, mesmo após o fim da infecção.

Vírus pode causar outras doenças na fase latente

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a permanência do Epstein–Barr no organismo pode ser um gatilho para o desenvolvimento de uma nova doença autoimune ou reativação de uma já existente. É por isso que muitas pessoas associam o vírus a Esclerose Múltipla - doença neurológica que acomete o sistema nervoso central.

No entanto, o Ministério da Saúde esclarece que não há uma relação direta entre ter a infecção viral e a esclerose. “A mononucleose aumenta o risco da Escleros Múltipla em pacientes que já têm ‘predisposição’ a desenvolver a doença autoimune, mas não é fator determinante”, alerta a pasta.

Assim como a infecção pelo Epstein–Barr pode favorecer a Esclerose Múltipla em pacientes que já possuem uma predisposição, outras doenças também podem surgir após a infecção viral. São elas: pneumonite, anemias, encefalites e meningites, além de cânceres, como nasofaríngeo o gástrico.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.
Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.