Além de seguir os passos de
“Meu pai tem uma cabeça muito conservadora nesse sentido. Ele fala: ‘Filho, eu sou apresentador. Se eu quiser começar a ganhar dinheiro fazendo o que eu não sei, já começa errado. Então tudo o que você for fazer tenta fazer do que você conhece, do que você sabe’. Então, hoje, por exemplo, além do programa, sou sócio de dois restaurantes e uma boate”, relatou João ao jornalista Phelipe Siani.
Sobre os restaurantes, ele brinca: “Essa parte da gastronomia eu entendo bem. Cheguei a pesar 150 quilos [risos]. Mas sempre gostei muito da noite desde muito novo e isso me trouxe muitas coisas positivas”.
Conforme João, seus primeiros “contatos comerciais” ocorreram à noite, incluindo os tradicionais jantares de “pizza” feitos pelo pai em sua casa. “A oportunidade de ter pessoas frequentando minha casa, seja do meio artístico, do meio empresarial ou do futebol, só de poder ser uma esponja ali e escutar isso...”
“Meu pai sempre estava na mesa falando resenha. Desde besteira até coisas mais sérias. Foi uma oportunidade que eu tive desde novo”, acrescenta.
Sobre TV e negócios, ele não tem dúvidas: prefere as telinhas. “Quero fazer outras coisas, mas é essa minha verdadeira paixão. Então eu acho que você estar apresentador de televisão pode ser um momento, que nem a Ivete, ela é cantora e esteve como apresentadora. Acho que minha base é como apresentador. Posso amanhã tá fazendo algo completamente diferente, mas essa é minha base”, disse.
Family Office
O jornalista Phelipe Siani questiona sobre o que ele faria fora da televisão. “Eu tive vontade muito novo de ter empresa de eventos. Tenho vontade de fazer um dia festival, tour... Mas meu foco, minha paixão é ser apresentador. Acho que quem faz tudo não consegue fazer nada bem feito [...] Agora eu tô num processo, não posso falar, mas de trabalhar com Family Office. Acho que tá em volta do que eu faço”, conta.
Ele continua: “De me juntar com uma Family Office grande hoje e trabalhar com essa parte artística, mas sempre voltado para dentro do que eu faço”. Siani pergunta se o projeto começará logo. "É uma ideia, uma vontade... é maior do que de fato um movimento”, responde João.
O filho de Faustão explica que quer ajudar artistas a administrarem suas fortunas. “Hoje ele [Family Office] é focado muito na questão dos grandes empresários, famílias com muito dinheiro, mas hoje a gente vê um movimento onde pessoas ganharam muito dinheiro com internet, muito dinheiro com música, muito dinheiro com outros tipos de artes... e essas pessoas não têm a assistência que elas merecem por falta de informação”.
Ele exemplifica: “Vejo isso muito com jogadores de futebol. Um caso que foi uma pena foi do Gustavo Scarpa, que jogou no Palmeiras, que caiu num golpe. Todo mundo é sujeito a cair, mas se a gente tiver como fornecer essa estrutura financeira para os artistas e empresários”.
Phelipe Siani questiona como “essa oportunidade” chegou até ele. “Por conta do meu pai me dar todas as oportunidades do mundo, sou muito grato de ter essa abertura e relacionamento desde muito cedo, não convivi só com artistas, mas com várias pessoas. Tenho amizade de todas as idades, de pessoas de 50, 60 anos. Muito por conta, no começo, do meu pai, mas hoje fui desenvolvendo”, disse.
“As pessoas são de outros meios, a gente fala de mercado financeiro, da turma da construção civil e, enfim, outras áreas, saúde, moda, cosméticos… [...] Até por conta da condição financeira do meu pai em me botar nos melhores colégios, sou muito grato. Repito isso. Tive a oportunidade de conhecer”, afirma ele.
João conta que ao conversar com pessoas bem-sucedidas entendeu a necessidade de investir nesse mercado. “Foi de relacionamentos próprios, amigos. Hoje em dia, não é uma realidade, mas é uma vontade. Acho que é uma carência no mercado de ter esse suporte pros artistas como eles merecem. Tem muito malandro por aí. Também é uma questão social, óbvio que também envolve a questão financeira”, comenta ele, que acrescenta que muitos artistas não constroem patrimônio “por falta de auxílio”.