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‘A paixão de Cristo’, dirigido por Mel Gibson, completa 20 anos em 2024; veja onde assistir

Filme está disponível no streaming e tem Jim Caviezel interpretando Jesus Cristo

Mel Gibson (à esquerda), digiriu o filme “A Paixão de Cristo”, lançado em 2004, cujo cartaz está à direita da imagem.

Nesta sexta-feira da Paixão, 29 de março, as buscas pelo filme “A Paixão de Cristo”, dirigido pelo ator Mel Gibson, explodiram no Google, com mais de 5.000% de crescimento no volume de procura desde as 9h da manhã.

Além da ligação óbvia com o dia de hoje, vale dizer que o filme recém completou 20 anos do seu lançamento - nos Estados Unidos, estreou em um dia 25 de fevereiro, a quarta-feira de Cinzas daquele ano. No Brasil, as primeiras sessões de cinema foram um pouco depois, em 19 de março, já mais perto da Páscoa de 2004.

O filme, que tem Jim Caviezel interpretando Jesus Cristo e Monica Belucci no papel de Maria Madalena, mostra a versão de Mel Gibson para as últimas doze horas de vida de Jesus Cristo, no dia de sua crucificação. À época, Gibson explicou que não queria nenhum grande ator no elenco, optando por pessoas pouco conhecidas.

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Recepção

Na época do lançamento, o filme foi bem recebido pelos cristãos. Segundo reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”, o então presidente da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, gostou do filme e chegou a recomendá-lo aos católicos. Ao jornal, ele disse que “a fé é um dom de Deus e às vezes a pessoa é atraída não se sabe porque; se você perguntar a um convertido o que o tocou, será certamente uma razão diferente do outro”, disse.

E completou: “eu acredito que um espectador que conhece a Bíblia, vai aprofundar ainda mais a questão da paixão de Cristo, enquanto que um outro sem ter familiaridade, pode buscar a leitura da palavra de Deus, seja tocado e nesse sentido acredito na contribuição desse filme”. Dom Geraldo disse, também, que a violência das cenas apresentadas no filme encontra eco na bíblia, principalmente na descrição do profeta Jeremias.

Papa também referendou

Papa à época do lançamento, João Paulo II aprovou a obra, segundo reportagem da Folha de São Paulo publicada na época do lançamento. Ele teria dito que “assim se passaram as coisas”, frase que foi divulgada pela equipe de Marketing do filme.

Ainda assim, o filme gerou polêmica - foi acusado de antissemitismo e de violência extrema e desnecessária.

Gibson custeou produção

“A Paixão de Cristo” foi bancado pelo próprio Mel Gibson, pois nenhum estúdio quis pagar pela produção. "É claro que ninguém quer tocar em um filme falado em línguas mortas. Eles acham que estou louco”, disse Gibson em fala citada pela Folha de São Paulo. As “línguas mortas” a que ele se refere são o latim e o aramaico, que eram falados na época em que Cristo viveu, e que fazem parte do projeto de Mel Gibson para o filme, de ser o mais fiel possível ao que diz a Bíblia. A produção do filme custou 25 milhões de dólares.

Onde assistir “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson?

Hoje, 20 anos depois, o filme está disponível no streaming. “A Paixão de Cristo” pode ser assistido no StarPlus.

Apesar de não estar na Netflix, no Prime Video ou no Globoplay, os três serviços têm diversas opções de filmes ligados à vida de Jesus Cristo, que podem ser boas opções para esta Sexta-Feira da Paixão.

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Coordenadora de jornalismo digital na Itatiaia. Jornalista formada pela UFMG, com mestrado profissional em comunicação digital e estratégias de comunicação na Sorbonne, em Paris. Anteriormente foi Chefe de Reportagem na Globo em Minas e produtora dos jornais exibidos em rede nacional.