A turnê Doce 22, que contou com mais de 135 shows pelo país e mundo afora, deixou impactos na saúde de Luísa Sonza. Em seu documentário lançado pela Netflix nesta semana - “
A turnê, que começou em 2021, encerrou em abril deste ano em Torres, no Rio Grande do Sul. “Estava numa bateria de shows que eu fiz sete shows em cinco dias, três em um dia e em diferentes estados. A adrenalina é muito alta em um show. Aí você voltar para o hotel e dormir é impossível”, confessou Sonza.
Para ela, a intensa rotina de shows prejudicou o seu sono e, consequentemente, ela acabou fazendo uso de remédios e energéticos descontroladamente - o que é um risco. “Aí você entende porque artista fica doido. Eu entendi racionalmente”, afirmou.
No fim de 2022, Luísa começou a sentir fortes dores no peito, no braço e em outras partes do corpo. “Fiz exame, achei que estava infartando, a dor ia para o braço. Tinha dor na barriga, no estômago... Falei, ‘pô, morri’. Fiz endoscopia, voltei e falou ‘você não tem uma, você tem quatro úlceras. Uma que é maior, uma grandona, e outras pequenas’. Mas tá de boa galera”, disse.
A cantora tem na música o seu refúgio. “Quando eu tô sem a minha voz, eu tô sem nada”, contou. Porém, em abril de 2023, assim que encerrou a turnê, ela enfrentou uma longa batalha: Luísa precisou ficar 20 dias sem falar e, para se comunicar, ela usava papel e caneta.
Ela escreveu: “Acabei a turnê e, como disse, estava exausta. Fui fazer os exames para ver o estrago e, obviamente, estava às traças. Descobrimos com exame que as cordas tinham batido tanto, que criou um inchaço, tipo, uma bolha pra estourar, então meio que qualquer movimento ela podia estourar. Por isso, preciso ficar em absoluto silêncio, além de tomar as injeções para desinchar, se não, só resolve com cirurgia”.
Blacy Gulfier, fonoaudióloga de Sonza, destacou: “A gente tá no limite, não tem mais o que ser feito. Então, qual é o protocolo, repouso vocal pra entender se partimos ou não pra um procedimento cirúrgico [...] O protocolo ainda é de muito cuidado”.
Em maio, ao retornar para avaliação médica, a cantora passou por exames acompanhada do otorrinolaringologista Antonio Pontes. “Ainda tem aquela cicatrizinha, mas aquela de fábrica. Não ficou uma cicatriz grande”, comenta o médico.
Blacy Gulfier esclarece: “Estamos felizes e não vai precisar da cirurgia. Você pode começar suas atividades vocais gradativamente”. Sonza então se emociona e comemora. “Eu tô aliviada, acho que vou chegar hoje no meu quarto e vou chorar umas três horas”, diz na ocasião.
O documentário “Se Eu Fosse Luísa Sonza” é dividido em três episódios: “O Mundo é um moinho”, “Eu sou a minha pior hater” e “Escândalo íntimo”. Desde seu lançamento, ele ocupa o Top 1 da Netflix Brasil e Portugal.