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Miss Universo terá uma mãe na disputa pela primeira vez na história

Michelle Cohn, da Guatemala, é mãe de dois filhos

Michelle Cohn foi eleita Miss Universo Guatemala

O Miss Universo terá uma mãe em busca da coroa pela primeira vez na história. Trata-se de Michelle Cohn, de 28 anos, que disputou o concurso nacional na Guatemala, garantiu o título e irá para El Salvador em novembro. No Brasil, alguns concursos estaduais tiveram mães, assim como o nacional, mas a vitória foi de Maria Brechane, de 19 anos.

Experiente em concursos, Michelle é Miss Guatemala Latina e já representou o país no Miss Grand International. A modelo possui dois filhos: Bella, que nasceu em 2021, e Luca, nascido em 2016. Em 18 de novembro, ela seguirá para El Salvador, onde acontece a 72ª edição do concurso.

Michelle é formada em Relações Públicas e Comunicação pela Galileo University na Cidade da Guatemala. Além de empresária, ela também é modelo profissional, apresentadora e locutora.

Nas redes sociais, muitas pessoas celebram a vitória de Michelle. “Ela é mais uma amostra de que ser mãe não te limita a nada e se em algum tempo foi assim foi porque a sociedade que limitou essas mulheres”, escreveu uma pessoa.

Mulher trans também irá ao Miss Universo

Rikkie Valerie Kolle, de 22 anos, irá para o Miss Universo em El Salvador em dezembro deste ano para representar a Holanda. Ela, que se tornou a primeira mulher trans a carregar a faixa pelo país, foi eleita no dia 8 de julho em evento que contou com a presença da atual Miss Universo, a norte-americana R’Bonney Nola.

A nova Miss Holanda se juntará a mulheres de vários locais do mundo no Miss Universo 2023. Com um vestido vermelho, ela recebeu a coroa das mãos da Miss Holanda 2022, Ona Moody. Nas redes sociais, Rikkie comemorou: “eu consegui”.

Rikkie vai ser a segunda mulher trans na história a subir no palco do Miss Universo. A primeira foi Angela Ponce, da Espanha, há cinco anos. Desde 2012, mulheres trans podem competir pela coroa.

A empresária e advogada tailandesa Anne Jakrajutatip, que comprou a franquia Miss Universo em outubro de 2022, também se identifica como mulher trans. Antes da entrada dela, em agosto daquele ano, Amy Emmerich, CEO da franquia, anunciou mais mudanças nas regras da competição, que permitiram que mulheres casadas e com filhos pudessem participar do concurso.

Minas teve representante trans e mãe

Coordenador do Miss Universo Minas Gerais pelo primeiro ano, Diley Almeida explicou à Itatiaia em março que o concurso estava mais “diverso e acolhedor”. Afinal, teve pela primeira vez na história uma mulher trans, a Miss Universo Divinópolis, Ariella Moura, e uma mãe, a Miss Universo Patos de Minas, Tatiana Gonçalves.

“No meu primeiro ano como coordenador do Miss Universo Minas Gerais, ter a possibilidade de fazer um concurso tão diverso e acolhedor é muito especial para mim. Quero que todas as mulheres mineiras sintam que o concurso é o lugar delas. Que no MUMG [Miss Universo Minas Gerais] elas poderão mostrar suas vozes e inspirar mulheres com histórias de vida parecidas”, disse Diley à época.

No concurso, a vencedora foi Isalu Souza, Miss Ouro Preto, que participou do Miss Universo Brasil no sábado (8). No entanto, Maria Brechane, do Rio Grande do Sul, foi eleita e representará o Brasil no fim do ano em El Salvador.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.