Antônio Carlos Gomes Bernardes, mais conhecido como Mussum, morreu há exatos 29 anos. Por sofrer miocardiopatia, o artista precisou realizar um transplante de coração, no entanto, dias depois, ele faleceu após pegar uma infecção hospitalar. O que muita gente não sabe ou não se recorda é que antes de fazer sucesso nos “Trapalhões”, o artista integrou o “Originais do Samba”, que foi destaque na década de 60.
Pelo grupo de samba, Mussum teve a oportunidade de se apresentar com diversos nomes de peso, dentre eles, Elis Regina, Elza Soares e Jorge Benjor. Um dos sucessos da banda foi a canção “Esperanças perdidas”.
Em 1974, o programa “Os Trapalhões” (formado por Mussum, Didi, Dedé e Zacarias) foi lançado na extinta TV Tupi pelo produtor Wilton Franco. O humorístico bateu recordes de audiência, chamando a atenção de uma emissora concorrente. Após convite de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, o grupo foi contratado pela TV Globo.
Na década de 80, devido ao sucesso do programa na emissora, Mussum decidiu sair do grupo de samba. Sete anos depois, ele foi convidado para interpretar Jesus Cristo no filme “Os Trapalhões no Auto da Compadecida”. À época, Ariano Suassuna (1927-2014), autor da obra, fez questão de elogiá-lo.
Mussum morreu no dia 29 de julho de 1994. Três anos depois, o programa foi extinto no canal. Vale lembrar que, além do comediante, Mauro Faccio Gonçalves, o Zacarias, também não é mais vivo. Ele morreu em 18 de março de 1990 de insuficiência respiratória devido ao consumo de remédios para perda de peso.
Em 2019, foi lançado um documentário sobre o comediante chamado “Mussum, um filme do cacildis”. No entanto, o filme sobre a história de Mussum deve ser lançado ainda em novembro deste ano. O ator Aílton Graça foi escolhido para o papel principal.
História do apelido
O apelido “Mussum” foi dado pelo ator Grande Otelo e se refere ao nome de uma espécie de peixe. Como o comediante conseguia se safar de situações embaraçosas, ele ficou conhecido por ser “escorregadio e liso” igualzinho ao peixe.
Por outro lado, o uso de sufixos “évis” e “is” no final das palavras foi uma sugestão de Chico Anysio (1931-2012) para o personagem. Detalhe: o comediante já costumava conversar desta forma nos bastidores.