Morreu, nesta quinta-feira (8), o sambista Hélio Turco, aos 87 anos. Presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira, escola de samba do Rio de Janeiro (RJ), ele foi o compositor que mais escreveu sambas de enredo para a agremiação. A causa da morte não foi divulgada. O velório será nesta sexta-feira (9), na capital fluminense.
Nascido Hélio Rodrigues Neves, Turco foi o autor de 16 sambas cantados pela Mangueira na Marquês de Sapucaí. Um dos mais famosos, “100 anos de Liberdade, realidade ou ilusão?”, embalou o desfile de 1988 e ficou famoso pelos versos “Pergunte ao criador/ Quem pintou esta aquarela/ Livre do açoite da senzala/ Preso na miséria da favela”.
O primeiro samba de enredo composto por Hélio Turco foi “Brasil através dos tempos”, escrito para o carnaval de 1959.
“É com enorme pesar que a Estação Primeira de Mangueira informa o falecimento, aos 87 anos, de seu Presidente de Honra Hélio Rodrigues Neves, conhecido como Hélio Turco. O maior campeão de samba-enredo da nossa escola. Lenda! Você é eterno”, publicou a Mangueira, nas redes sociais.
Turco assumiu a presidência de honra da Mangueira em 2021, após a morte de Nelson Sargento.
A trajetória do mangueirense foi retratada no livro “Três poetas do samba-enredo”, de Rachel Valença, Leonardo Bruno e Gustavo Gasparani. Além dele, a obra traz passagens das trajetórias dos compositores Aluísio Machado, do Império Serrano, e David Corrêa, da Portela — morto em 2020.