O roteirista Fil Braz, que era amigo de
Braz mostrou conversas em que Paulo Gustavo desabafava sobre os desafios enfrentados no combate à doença, e usou a publicação como crítica ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
“Eu tô no olho do furacão, até entubado ainda posso ser”, contou Paulo Gustavo ao amigo em uma das mensagens, explicando que também estava sem fôlego. É possível ver que o humorista tinha dificuldades até para digitar no celular, por conta das limitações físicas que a doença lhe causou.
Em outro momento, ele pedia por orações, e contou que vivia “um terror”. Paulo Gustavo ainda disse que não conseguia falar, e tentaria conversar novamente com o amigo no dia seguinte. A notícia da morte do ator foi confirmada no dia 4 de maio.
No dia do primeiro turno das eleições, em 2 de outubro, o roteirista tinha publicado outros trechos de conversas com o humorista, também em tom de crítica a Bolsonaro. “Ele disse que sobreviveria e que iríamos rir muito, mas que a batalha não estava ganha. Pediu que eu rezasse, pediu que eu enviasse a ele toda minha energia”, escreveu Fil Braz à época.