Na antevéspera do segundo turno das eleições, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), reafirmou ser possível que eleitores que votaram nele e no ex-presidente Lula (PT) no primeiro turno possam optar pelo candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) no próximo domingo (30).
Em entrevista à CNN Brasil nesta sexta-feira (28), Zema disse ser “plenamente possível” um resultado melhor para Bolsonaro com o apoio de prefeitos, sobretudo no interior de Minas Gerais.
“Os prefeitos, no primeiro turno, focaram muito em eleger seus candidatos a deputado federal e estadual. Agora, eles têm essa preocupação com a eleição presidencial”, afirmou o governador.
Eleito em primeiro turno no dia 2 de outubro, Zema mergulhou de cabeça na campanha de Bolsonaro nas últimas quatro semanas, a ponto de se tornar coordenador da campanha no estado. Segundo o governador, mais de 600 prefeitos declararam apoio ao atual presidente desde o início da disputa em segundo turno - o que, para ele, fará diferença nas eleições que ocorrem em dois dias.
“Os mineiros são diferentes do restante do país. Tivemos aqui uma tragédia de governo petista. Não havia sequer medicamento de uso contínuo nas prateleiras da rede pública, o funcionalismo não tinha noção de quando iria receber, as prefeituras estavam quebradas”, relembrou. “Tivemos aqui um governo petista que destruiu o estado. Temos que refrescar a memória um pouquinho para que o mineiro lembre como enfrentou aqui dias desastrosos no passado”, completou o governador.
Ainda segundo o governador, o que faria o mineiro mudar de voto é relembrar a recessão dos anos 2015 e 2016, quando o governador de Minas Gerais era Fernando Pimentel (PT) e a presidente era Dilma Rousseff (PT).
“Em todo lugar que eu vou aqui em Minas eu pergunto: ‘alguém aqui perdeu o emprego ou fechou o seu negócio durante a crise de 2015-2016?’ Metade das pessoas levantam a mão. E o que aconteceu nesse período? A maior recessão da história do Brasil em um momento que o mundo crescia”, afirmou.