O ministro das Comunicações, Fábio Faria, acusou rádios de todo o país, principalmente da região Nordeste, de não veicularem inserções da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da campanha.
Em entrevista coletiva concedida na noite desta segunda-feira (24), Faria diz que uma auditoria contratada pela campanha do candidato à reeleição identificou que 154.065 inserções de 30 segundos cada não foram veiculadas.
"É uma grave violação ao sistema eleitoral. esses dados estão coletados e fizemos dupla checagem. Só na região Nordeste, na semana de 7 a 14 [de outubro] foram 12 mil inserções a menos e, na semana seguinte de 14 a 21, foram 17 mil inserções a mais para o ex-presidente, do PT”, afirmou o ministro ao lado do ex-chefe da Secretaria de Comunicação, Fabio Wajngarten.
Pelas contas da campanha, caso as inserções fossem veiculadas em um único veículo de comunicação seria preciso 53 dias para dar conta de todo o conteúdo que, supostamente, não foi veiculado.
Questionado por jornalistas, o ministro não soube responder qual empresa de auditoria foi responsável pelo levantamento que baseou uma ação que a campanha diz ter levado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tarde de hoje.
“Estamos estarrecidos com a censura, com o cerceamento. Vocês precisam ir votar porque estamos sendo cerceados e o TSE vai investigar para saber porque essas rádios fizeram isso”, afirmou.
“Queremos que seja restabelecido o direito igualitário de disputar as eleições. Não sei se dá tempo, mas que seja feito rápido. O TSE vai fazer sua própria checagem para que a gente possa ter a mesma condição de tratamento”, disse Wajngarten.