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Bolsonaro acena a prefeitos para tentar reverter derrota para Lula no 1º turno em Minas

Diferença para o petista ficou em 560 mil votos e presidente tenta atrair prefeitos para ‘virarem voto’ no interior

Bolsonaro discursou ao lado de Zema nesta sexta-feira

Faltando duas semanas para o segundo turno das eleições presidenciais, o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) tenta se aproximar de prefeitos mineiros para tentar reverter a diferença de 560 mil votos para seu adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro veio, nesta sexta-feira (14), a Belo Horizonte, pela terceira vez desde o início do segundo turno. Dessa vez, em um encontro organizado pela Associação Mineira de Municípios (AMM). O presidente desembarcou no aeroporto da Pampulha por volta das 14h30 e seguiu direto para um centro de convenções na região Centro-sul de Belo Horizonte.

Ao lado do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e do candidato a vice-presidente Braga Netto (PL), o presidente discursou por 15 minutos e, ao final, entrou em uma sala reservada para tirar fotos com prefeitos. De acordo com o presidente da AMM, o prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinicius Bizarro (sem partido), 687 prefeitos compareceram ao local para declarar apoio ao presidente.

Durante seu discurso, Bolsonaro abraçou pautas apoiadas pelos municipalistas como a criação de uma secretaria especial para atender as demandas de prefeitos de todo o país. O presidente também voltou a sinalizar pela recriação do Ministério da Indústria e sinalizou que o ministro seria de Minas Gerais, O nome que tem sido cotado nos bastidores é o do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flavio Roscoe.

Bolsonaro também criticou Lula e disse que seu governo será uma “caixa-preta” já que ele não revela nomes de possíveis postulantes aos ministérios.

“Temos pela frente poucos dias vamos em que vamos escolher não apenas o Presidente da República, mas aquele que vai dizer se vamos viver em liberdade ou não, se vamos ter uma equipe técnica no governo ou não. Ele esconde todo mundo, não aponta um nome sequer, quem vai ser seu ministro. É uma caixa-preta. Ele vai partilhar o governo com os companheiros e o Brasil vai mergulhar em corrupção como tivemos entre 2003 e 2015", disse Bolsonaro.

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O presidente pediu para que os prefeitos o ajudem a conquistar votos no interior do estado e disse que está liderando a corrida eleitoral - mesmo que a maior parte dos institutos de pesquisa mostrem o contrário.

“Vamos trabalhar, conversar com o vizinho, conversar dentro de casa. Vamos ganhar essa eleição dia 30", afirmou. “Apesar de não acreditar em pesquisas, já deu empate técnico, então, nos já viramos”, disse o presidente. A única pesquisa que mostrou empate técnico entre Lula e Bolsonaro foi a ModalMais/Futura, divulgada nesta sexta-feira (14) e que coloca cada candidato com 46% das intenções de voto.

‘Agora é guerra’

Bolsonaro participou do encontro com prefeitos ao lado do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que subiu o tom para tentar convencer prefeitos de cidades do interior do estado a apoiar a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Faltando 15 dias para o segundo turno das eleições, Zema disse que é hora de “virar voto” para que o atual presidente vire o jogo contra o seu adversário na disputa ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O petista teve 5,8 milhões de votos em Minas Gerais contra 5,2 milhões de Bolsonaro - uma diferença de 560 mil votos . Em termos percentuais, a disputa ficou 48,29% a 43,6%.

“Estamos no meio de uma guerra e cada um tem uma missão a cumprir. Temos 15 dias para fazer com que o mineiro entenda que a proposta do presidente Jair Bolsonaro é muito melhor que a do adversário”, discursou Zema em evento promovido pela Associação Mineira de Municípios (AMM) na tarde desta sexta-feira (14), em Belo Horizonte.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.