O candidato do PP ao Senado por Minas Gerais, Marcelo Aro, afirmou que nos últimos anos o Supremo Tribunal Federal (STF) tem “extrapolado suas competências” e que o Legislativo deve debater limites previstos na lei para contar excessos do tribunal.
Aro foi o segundo candidato ao Senado entrevistado no Jornal da Itatiaia 1º Edição, na manhã desta terça-feira (20).
“Quando tivemos a tripartição dos poderes, uma teoria lá da Revolução Francesa, da época dos Iluministas, com a teoria dos pesos e contrapesos, ficou definido que um poder não pode ser maior do que outro. Os três poderes precisam dialogar e um fiscalizar o outro. O poder Judiciário, infelizmente, tem extrapolado suas competências. Quando um ministro do STF quer legislar sobre aborto, por exemplo, está extrapolando sua competência, ele não pode fazer isso. Ministro não é Deus, não pode estar acima de tudo. Se for necessário fazer impeachment, tem que ser feito. Assim como tem cassação de deputado, impeachment de presidente da República. Se um ministro do STF extrapola, ele tem que pagar por isso”, afirmou Aro.
O candidato disse que para que um processo contra um ministro do STF avance é preciso que o Senado tenha representantes ficha-limpa, que não devam favores aos próprios ministros. “Não adianta querer que um senador que é ficha-suja e tem processo no STF faça impeachment de ministro. Ele não vai fazer”, disse.
O candidato se disse contrário ao aborto, mesmo nos casos previstos pela lei, como estupros. “Sou contra o aborto porque sou a favor da vida. O aborto é uma coisa muito triste. Mas nada justifica matar. Eu sou cristão. Você não pode culpar uma vida que está na barriga da mãe por erros de outras pessoas. Sei que isso tira voto, mas é questão de princípios e de valores”, afirmou Aro.