O governador Romeu Zema (Novo) afirmou que a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal do estado com a União não impedirá que os servidores tenham reajustes salariais e que sejam feitos novos concursos nos próximos anos.
Em entrevista ao Jornal da Itatiaia 1ª Edição, na manhã desta sexta-feira (16), o candidato à reeleição do Partido Novo, disse que é a favor de reajustes anuais para os servidores do Poder Executivo, assim como acontece para os servidores do Judiciário e do Legislativo.
“Será plenamente possível a recomposição pela inflação. E quero fazer isso anualmente. Porque sabemos que algumas categorias no estado ficaram oito anos sem receber reajuste. Sou favorável a ter um reajuste anual para todas as categorias. No Judiciário todos tem reajustes anuais, no Legislativo todos têm reajustes anuais, por que no Executivo não podemos ter? Sou favorável a ter esse reajuste anual, como fizemos esse ano. Eu poderia ter feito um carnaval, como fizeram no passado, com 30% de reajuste, até gostaria. Mas sou responsável, vou dar reajuste com o que o estado tem condição de pagar. Não vou dar reajuste e depois deixar faltar medicamentos, fechar hospital, fazer a merenda escolar se tornar uma porcaria, como aconteceu no passado.
O governador defendeu a adesão ao RRF e afirmou que os adversários na corrida pelo Palácio Tiradentes deveriam se “informar melhor” sobre as regras previstas no regime com a União. Os candidatos Alexandre Kalil (PSD), Carlos Viana (PL) e Lorene Figueiredo (PSOL), afirmaram em entrevista à Itatiaia que a adesão ao regime vai engessar o estado e proibir novas contratações.
“O RRF passou por diversas fases, diversos aperfeiçoamentos, eles estão presos ao que existia há 6 ou 7 anos, na primeira versão. Estamos no Regime de Recuperação versão 6.0, eles estão na versão 1.0. Deveriam se inteirar para ver que hoje a única exigência é: gaste menos do que arrecada. Se o estado estiver gastando menos do que arrecadando, nós poderemos fazer concurso da forma como quisermos, poderemos ampliar os quadros. Mas, em ano eleitoral, o que não faltam são fake news. Principalmente para atingir e afetar os que estão à frente das pesquisas”, disse Zema.
Ele sugeriu aos concorrentes que busquem informações em outros estados que já aderiram ao regime. Segundo Zema, o RRF permitirá ao estado equilibrar as contas públicas e prever o pagamento das dívidas pelos próximos 30 anos.
“Nós temos três estados no Brasil que já aderiram ao Regime de Recuperação Fiscal: Rio Grande do Sul, Goiás e Rio de Janeiro. Vamos perguntar para os servidores públicos desses três estados se eles tiveram alguma restrição ou se foram prejudicados. Aqui em Minas, parece que uma determinada parte da classe política tem aversão a mudanças. Por isso o estado ficou andando para trás por tanto tempo. Eles deveriam se inteirar melhor e perguntar sobre o que aconteceu no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e em Goiás. Não estamos inventando a roda, estamos querendo fazer o que já deu certo em outros estados”, afirmou.