O candidato à Presidência da República, Felipe D’Avila (Novo), foi o segundo a participar da sabatina promovida pela CNN Brasil, na noite desta terça-feira (30). Ontem, a
Na sabatina, o candidato do Novo defendeu a reforma tributária, a diminuição do tamanho do Estado, criticou a legislação trabalhista e sugeriu mudanças no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Sou muito crítico às nossas elites. Acho que nossas elites não têm espírito público, não têm senso de dever com a pátria, ignoram a política e parte delas só pensa na política para capturar o Estado, para ter benefício do Estado. Isso é muito triste. Vejo uma parcela muito pequena da elite brasileira comprometida com o país, em ganhar mercado e não em ganhar o Estado”, afirmou D’Avila.
Ainda instado a falar sobre o papel das elites brasileiras, o candidato do Novo disse que existe um “centrão empresarial”, adesista ao Estado.
“Temos uma elite, infelizmente, adesista ao governo e temos o ‘centrão empresarial’, assim como temos o centrão político. São fenômenos de um país que não consegue se libertar do Estado. Por isso que não considero uma candidatura de elite, me considero uma elite comprometida com o Brasil que quer dar certo”, afirmou.
Durante a sabatina, D’Avila definiu a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) como “antro de privilégios” e que, sem ela, o Brasil teria não 40 milhões, mas 100 milhões de trabalhadores formais.
“O que é o mundo da formalidade hoje? É um mundo em que o Estado formal não os atende. Se nós tivéssemos uma legislação trabalhista voltada para o trabalhador, nós teríamos 100 milhões de brasileiros formalizados. Por que nós não temos? Porque a CLT tornou-se outro antro de privilégios, privilégio de 40 milhões. São 70 milhões na informalidade e outros que criaram atalhos, como as MEIs, para poder conseguir empregos”, disse.
Com relação ao STF, Felipe D’Avila disse que a Corte deve se limitar a julgar processos sobre a Constituição.
“Temos de reformar o Judiciário, acabar com as decisões monocráticas do Supremo. Isso é um absurdo. O Supremo em qualquer parte do mundo é um órgão colegiado. É a manifestação de um colegiado. Não o voluntarismo de uma pessoa”, criticou.
O candidato do Novo também disse que as transmissões das sessões deveriam acabar.
“Você tem que falar nos autos. Nos autos que o juiz se manifesta, não é dando entrevista, não é em decisões monocráticas. Eu acho um absurdo [TV Justiça]. Um absurdo total. […] O que você precisa é ter serenidade na corte que é a guardiã da Constituição brasileira. Não é um espetáculo. A democracia precisa respeitar certos rituais”, disse.
A sabatina da CNN Brasil continua nesta quarta-feira (31), com entrevista com o presidente Jair Bolsonaro (PL) às 20 horas e transmissão no Youtube da Itatiaia.