O candidato do partido Novo à Presidência da República, Felipe d’Avila, entrou com uma representação na Justiça Eleitoral contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por propaganda eleitoral extemporânea. O cientista político acusa o petista de pedir votos antes da data permitida pela legislação, durante uma agenda em Teresina (PI), na última quarta-feira (5).
Na ocasião, Lula pediu votos, de forma explícita para ele, o candidato ao Senado pelo Piauí, Wellington Dias, e para o candidato do PT ao governo estadual, Rafael Fonteles.
“Eu queria pedir a vocês, que cada mulher, que cada homem do Piauí que tem disposição de votar em mim e que tem disposição de votar no Wellington [ex-governador Wellington Dias], eu queria pedir para vocês que no dia 2 de outubro vote em mim, vote no Wellington, mas primeiro vote no Rafael, que vai cuidar do povo do Piauí", disse durante evento.
De acordo com a legislação eleitoral, o candidato só pode pedir votos após o dia 16 de agosto, ou seja, daqui a 11 dias, depois que todas as candidaturas estiverem devidamente registradas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Fato é que, enquanto os demais pré-candidatos respeitam a legislação eleitoral, o Representado busca sair na frente da corrida eleitoral, antecipando a seu público o pedido explícito de voto, desequilibrando o pleito e ferindo a isonomia entre os futuros candidatos, o que merece reprimenda desta corte superior”, afirma a ação.
Na ação, o candidato do Novo pede que a campanha de Lula seja multada em R$ 25 mil. O processo será julgado pela ministra Cármen Lúcia.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do ex-presidente e aguarda posicionamento.
