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Entenda o que é a zona humanitária criada por Israel na Faixa de Gaza

O anúncio foi feito depois que pelo menos 500 palestinos foram mortos em bombardeio a hospital em Gaza; passagens seguras já foram usadas durante uma guerra civil

Israel anuncia demarcação de ‘zona humanitária’ no sul de Gaza horas antes da chegada de Biden

O exército israelense demarcou nesta quarta-feira (18), um corredor humanitário no sul da Faixa de Gaza, pedindo aos residentes do norte que evacuassem para esse ponto, em meio a guerra entre o Estado judeu e o grupo terrorista Hamas. O anúncio foi feito depois que pelo menos 500 palestinos foram mortos durante um bombardeio a um hospital na Cidade de Gaza, pelo qual Israel e grupos terroristas trocam acusações sobre autoria. Mas, afinal, o que é um corredor humanitário?

Conforme o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), trata-se de passagens seguras essencialmente acordados entre as partes do conflito armado para permitir a passagem segura durante um tempo limitado em uma área geográfica específica.

Esses corredores podem permitir a saída de civis, a chegada de assistência humanitária ou a evacuação de pessoas feridas, doentes ou mortas.

Então, a passagem funciona para socorrer vítimas?

A Cruz Vermelha esclarece que as passagens seguras podem ser uma maneira de chegar até as pessoas necessitadas para prestar ajuda.

E a segurança é garantida?

Segundo o órgão, os corredores continuam sendo operações perigosas e envolvem grandes riscos. “Esses riscos devem ser controlados de forma a minimizar os danos potenciais para todas as partes interessadas”, explicou a Cruz Vermelha.

Em que momentos as passagens seguras foram usadas no passado?

Em 1936, após os ataques à cidade de Madri, o CICV obteve autorização para evacuar algumas mulheres, crianças e idosos para Valência. De setembro a novembro de 1937, uma coluna de 15 caminhões do CICV realizou o transporte, que envolveucerca de 2,5 mil pessoas. Um ano depois, a Cruz Vermelha auxiliou no deslocamento de 500 pessoas de Bilbao para San Sebastian.

Durante a luta pela independência da Indonésia, em 1946, o CICV facilitou, por meio de contatos com as partes em conflito, a evacuação de 37 mil internos holandeses e indo-holandeses e, em 1947 e 1948, de mais de 12 mil cidadãos chineses.

Em 2016, o CICV e o Crescente Vermelho Árabe Sírio facilitaram a saída de mais de 25 mil pessoas do leste de Aleppo para áreas rurais em Aleppo e Idlib. Cerca de 750 pessoas deixaram o local. As pessoas feridas foram levadas para centros de saúde.

Em março do ano passado 2022, a Cruz Vermelha ajudou a facilitar a passagem segura de milhares de civis de Sumy e Mariupol para outros lugares na Ucrânia.

E como o corredor será criado na Zona de Gaza?

As Forças de Segurança de Israel estão pedindo aos residentes de Gaza que evacuem para a zona humanitária de Al-Mawasi, onde a ajuda humanitária internacional será fornecida conforme necessário”, disse um porta-voz das Forças de Defesa de Israel.

“Recomenda-se a evacuação para áreas abertas no oeste de Khan Younis, na área de Al-Mawasi”, perto do Mediterrâneo, enfatizou. Apesar dos esforços internacionais, a passagem fronteiriça de Rafah entre Gaza e o Egito, onde vários caminhões que transportam ajuda humanitária aguardam permissão para entrar, ainda não foi aberta.

O que o Brasil acha disso?

Na semana passada, Lula fez um apelo para que a Organização das Nações Unidas (ONU) faça uma intervenção humanitária na Faixa de Gaza. Ele ainda condenou o ataque a civis e pediu um cessar-fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas.

*com informações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e Estadão Conteúdo

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