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Ex-piloto de submarino que desapareceu em missão ao Titanic denunciou problemas com segurança

Ex-funcionário relatou que o submarino não era capaz de descer a profundidades extremas

Ex-funcionário relatou que o submarino não era capaz de descer a profundidades extremas

A segurança do submarino que desapareceu nas água do Oceano Atlântico, no último domingo (18), durante uma expedição aos destroços do Titani, chegou a ser questionada quando um ex-piloto da companhia OceanGate, empresa que controla o submarino, alertou sobre os riscos de descer a profunidades extremas.

A revelação, divulgada nessa terça-feira (20), consta em “documentos legais obtidos pelo The New Republic.” De acordo com os documentos do tribunal, em um caso de 2018, o funcionário da OceanGate, David Lochridge, um piloto de submersível, expressou preocupação com a segurança do submarino. Na época, Lochridge era o diretor de operações marítimas, “responsável pela segurança de toda a tripulação e clientes.”

O jornal revelou que as preocupações de Lochridge vieram à tona como parte de um caso de quebra de contrato relacionado à recusa de Lochridge em dar luz verde aos testes tripulados dos primeiros modelos do submersível por questões de segurança.

“Lochridge foi demitido e a OceanGate o processou por divulgar informações confidenciais sobre o submersível Titan. Em resposta, Lochridge entrou com uma reconvenção compulsória onde alegou rescisão injusta por ser um denunciante sobre a qualidade e segurança do submersível”, detelha o The New Republic.

O jornal detalha que Lochridge expressou, verbalmente, preocupações sobre a segurança e a qualidade do submersível Titan para a OceanGate, mas essas preocupações teriam sido ignoradas. Lochridge “identificou vários problemas que apresentavam sérias preocupações de segurança e ofereceu ações corretivas e recomendações para cada um”.

Ruídos

As equipes de resgate que procuram o submersível desaparecido perto dos destroços do Titanic detectaram “ruídos subaquáticos” na área de busca, anunciou a Guarda Costeira dos Estados Unidos nesta quarta-feira (21), quando especialistas calculam que os cinco ocupantes do aparelho têm oxigênio suficiente para menos de 24 horas.

A comunicação com o submersível Titan, de 6,5 metros de comprimento, foi perdida no domingo, duas horas depois de iniciar a descida em direção aos vestígios do mítico transatlântico, localizados a quase 4.000 metros de profundidade e a 600 quilômetros de Terra Nova, no Atlântico Norte.

Jornalista graduada pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2005. Atua como repórter de cidades na Rádio Itatiaia desde 2022