Um motorista de aplicativo — que não terá identificado — pode ter sido vítima dos mesmos criminosos que mataram o colega de profissão
Um dia antes do assassinato de Araújo, na sexta-feira (27), o condutor que suspeita ter sido alvo de um dos criminosos responsáveis pelo homicídio foi rendido na avenida Getúlio Vargas, na Savassi, na região Centro-Sul. Celulares dele que foram levados no assalto foram encontrados no sítio onde os suspeitos da execução foram presos.
“Eu estava estacionado na Getúlio Vargas, próximo ao número 1740, entre as ruas Alagoas e Cristóvão Colombo, quando um indivíduo colocou a arma no meu rosto e disse: ‘perdeu, perdeu, perdeu”, contou o motorista à reportagem da Itatiaia. Ele disse que, de imediato, obedeceu e correu no sentido contrário para pedir ajuda. Outro motorista se prontificou, e os dois passaram seguiram o assaltante até Confins, onde perderam o veículo de vista.
O carro foi achado no dia seguinte pela polícia. “Graças a Deus, eu não reagi. Poderia ter sido, infelizmente, eu”, contou. Nesta manhã desta segunda-feira (30), ele foi levado para a delegacia para recuperar os telefones e reconhecer os suspeitos. “O revólver era o mesmo”, acrescentou.
Suspeitos presos
Dois homens suspeitos de
Segundo levantamentos da polícia, um dos suspeitos pelo crime é foragido da Justiça e é membro do PCC. A polícia continua as buscas para localizar o carro modelo Onix levado pela dupla no homicídio de Araújo. O homem deixa duas filhas e um neto.
Relembre o caso
Alessandro de Araújo morreu após ser baleado no rosto em São José da Lapa, na região Metropolitana de Belo Horizonte, no fim da tarde de sábado (28). De acordo com o irmão da vítima, a suspeita é de que ele reagiu ao assalto. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela Itatiaia flagraram a dupla suspeita no local.
O crime ocorreu próximo a um clube, que fica às margens da MG-424, enquanto o motorista aguardava ser acionado para uma corrida. Após ser baleado, Alessandro de Araújo chegou a cambalear por alguns metros até cair e morrer no local.
O motorista fez aniversário e comprou o carro dois dias antes do assassinato. Aquele foi o primeiro dia de trabalho dele com o veículo novo — um Ônix branco com placas RFM 3I09. O corpo de Alessandro