Dois irmãos ficaram feridos após serem atacados por três cães, no bairro Etelvina Carneiro, na Região Norte de Belo Horizonte, na noite de sábado (12). As vítimas são uma menina de oito anos e um adolescente de 13. Segundo a mãe, os irmãos foram encaminhados para o Hospital Risoleta Tolentino Neves e liberados no mesmo dia. As vítimas ainda não conseguiram tomar a vacina antirrábica.
Segundo a Polícia Militar, a mãe das vítimas estava trabalhando em casa quando ouviu os gritos dos filhos. Ela percebeu que eles estava sendo atacados pelos cachorros de um vizinho. A mãe conta que um dos cães era da raça Pitbull. Ela teria lutado com os animais até conseguir separá-los das crianças.
De acordo com a mãe, não é a primeira vez que os cães atacam pessoas. Os animais costumam avançar em quem passa pela rua rotineiramente. Ela já chegou a conversar com o tutor, um homem de 42 anos, para que eles fossem contidos, mas o problema não foi resolvido.
A mãe acionou a polícia militar assim que conseguiu salvar os filhos. Quando a viatura chegou ao local, os cachorros já não estavam mais na rua. A PM foi até a casa do vizinho e encontrou os animais com um adolescente de 17 anos, filho do dono.
Ele informou que os cães fugiram após um problema no portão e que também ajudou a separar os animais das vítimas. O adolescente ainda disse que não sabia onde o pai estava e que havia tentado ligar para ele várias vezes, sem sucesso.
O menino, de 13 anos, teve ferimentos profundos na perna e nádega direita. A menina, de 8 anos, teve ferimentos profundos nas costas. De acordo com a mãe, os irmãos foram encaminhados para o Hospital Risoleta Tolentino Neves e liberados no mesmo dia. Ela chegou a levar os filhos para tomar a vacina antirrábica em um posto de saúde no bairro Etelvina Carneiro, mas não encontrou o imunizante.
O caso está sendo acompanhado pela 4ª Delegacia de Polícia de Venda Nova.
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma resposta a acusação da família. “A Prefeitura de Belo Horizonte esclarece que não procede a informação sobre falta da vacina contra a raiva humana nas unidades da capital. O atendimento antirrábico possui fluxo específico e as vacinas estão disponíveis em três centros de saúde por regional. Cabe esclarecer ainda que a família das vítimas esteve no Centro de Saúde Etelvina Carneiro e foi orientada a levar os pacientes a uma das unidades que aplicam as doses”.
*Com informações de Oswaldo Diniz
*Sob supervisão de Lucas Borges