Um dado preocupante tem deixado as autoridades brasileiras em alerta. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o número de pessoas infectadas com hepatite A sofreu um aumento de 56,2% em 2023 na comparação com o primeiro semestre de 2022.
De acordo com a instituição, parte desse aumento tem a ver com uma maior coleta de exames. Em 2023, já foram realizados 463 mil, enquanto, no mesmo período, o número ficou em 382 mil testes no ano passado. Apesar disso, o aumento no número de exames registrou alta de 21%, o que corresponde a menos da metade do aumento de casos.
Os dados mais recentes da rede pública em relação às hepatites mostravam que os casos de hepatite A estavam relativamente estáveis desde 2020, mas a última atualização é de dezembro de 2022.
Hepatologistas avaliam que a queda na vacinação está relacionada à maior incidência da doença, uma infecção viral que atinge principalmente o fígado, e que pode ser transmitida por meio de rejeitos contaminados, o que torna a falta de saneamento básico um problema sério, e também através de sexo anal sem proteção, assim como no contato com objetos, alimentos e água contaminada.
Entre os sintomas mais graves que a doença pode apresentar estão o escurecimento da urina e a coloração amarela de peles e olhos. Embora possa se curar espontaneamente, dentro do período de alguns meses, em alguns casos a doença progride para um estágio grave e pode levar o paciente à morte, necessitando de um transplante de fígado para sobreviver.