O inquérito que apura as circunstâncias da morte da monitora educacional Jaqueline Miranda Evangelista Ferreira, de 39 anos, ainda não foi concluído. A vítima foi atropelada por caminhão dirigido pelo marido no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, na madrugada do dia 2 deste mês, na frente da filha de seis anos. A Polícia Civil (PCMG), em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (7), não deu detalhes sobre as investigações, uma vez que ainda faltam oitivas de testemunhas e exames que precisam ser feitos. O caso é tratado como feminicídio.
O caminhoneiro se entregou à Polícia Civil nessa segunda-feira (6), após a Justiça expedir mandado de prisão temporária. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que fica no bairro São Cristóvão.
O homem disse à polícia que foi um acidente e que, inicialmente, não viu que tinha atropelado a esposa. Ao perceber o que aconteceu e ao ver a mulher ferida, ele entrou em desespero e fugiu sem prestar socorro. Ele também garante não ter visto a filha.
A advogada do suspeito, Kelly Regina Soares Cardoso, esteve no DHPP nesta terça-feira (7) e afirmou que o cliente não viu que tinha atropelado a esposa e fugiu, sem prestar socorro, porque estava em choque.
Familiares de Jaqueline contaram que ela costumava ir aos postos de combustíveis procurando o marido. A defesa alega que ela pode ter entrado na frente do caminhão no momento do atropelamento.
A advogada explicou que a demora para se entregar foi motivada pelo fato de ele estar “muito nervoso”, além de não parar chorar. Por fim, disse que o caminhoneiro gosta muito da família de Jaqueline e que ligou para eles assim que foi possível. A defesa vai entrar com um pedido de revogação da prisão temporária.