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‘Não deu para fazer nada’, lamenta amigo de caminhoneiro morto em acidente na BR-262

Duas pessoas morreram após a batida de frente entre uma carreta bitrem carregada com álcool anidro e um caminhão tanque

Veículos foram totalmente incendiados após o acidente

“Ele estava cerca de 100 m na minha frente, e vi só a explosão da carreta. Bateu de frente, explodiu, e o fogo já pegou. Não deu para fazer nada”. O relato é do caminhoneiro Romildo da Silva, amigo de uma das vítimas do grave acidente na manhã desta sexta-feira (15) na BR-262 em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

À Itatiaia, ele explicou que o trecho em que as duas carretas bateram de frente conta com uma obra, e uma pista em faixa dupla foi improvisada para passagem. Entretanto, Romildo acredita que o excesso de velocidade foi ainda mais decisivo no desfecho da tragédia.

“A outra carreta veio para a contramão e pegou ele de frente, não dava nem para frear. A pancada foi tão grande que explodiu os caminhões. Se ele viesse devagar, não tinha acontecido isso, independentemente da obra. Acho que o excesso de velocidade é muito grande”, desabafou.

Ele ainda disse que o amigo, até o momento identificado apenas como Benedito, vai deixar saudades no grupo dos caminhoneiros.

“Era uma excelente pessoa, um amigão. Pai de família, um cara exemplar, fico muito triste de saber que a família dele vai receber uma notícia dessas”, concluiu.

Por conta do acidente, ambos os sentidos da rodovia foram interditados. Além da remoção dos veículos, empresas e a concessionária responsável pelo trecho ainda precisam fazer o transbordo da carga. Estavam envolvidos uma carreta bitrem carregada com álcool anidro e um caminhão tanque.

(Com informações de Felipe Quintella)

Jornalista formado na PUC Minas. Experiência com reportagens, apresentação e edição de texto em televisão, rádio e web. Vivência em editorias de Cidades e Esportes.