Quatro anos após o “Massacre de Paraisópolis”, os 13 policiais militares de São Paulo denunciados pela participação no caso que terminou com a morte de nove jovens em um baile funk, na Zona Sul da capital paulista, ainda não foram julgados. Eles também não foram interrogados no decorrer do processo.
O crime aconteceu em 1º de dezembro de 2019. Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), os jovens foram encurralados em um beco, e as mortes foram causadas por asfixia e traumatismo após bombas terem sido arremessadas. As vítimas também foram pisoteadas.
No dia do massacre, o baile reunia cerca de 5 mil pessoas na comunidade. Outras 12 ficaram feridas, mas conseguiram sobreviver. Conforme a versão dos policiais, eles estavam perseguindo dois suspeitos de roubo em uma moto. Eles também afirmam que as mortes foram causadas pelo tumulto provocado pelos suspeitos de roubo.
Até o momento, o caso teve uma audiência da fase de instrução. A segunda está marcada para 18 de dezembro. Somente após as audiências, quando são ouvidas testemunhas, vítimas que sobreviveram, além do interrogatório dos réus, a Justiça decide se o caso irá ou não a júri popular.
Os 13 acusados respondem ao crime em liberdade. Atualmente, eles executam tarefas administrativas na corporação. Um deles não está mais na Polícia Militar (PM) por ter sido expulso em razão de outro caso.