Policiais civis foram presos pelo Ministério Público do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (1°) durante a segunda fase da operação Fim da Linha contra a máfia do jogo do bicho. Os agentes Alcino Luiz da Costa Pereira, Marcelo Flora Lemos, Alair do Rosário Ribeiro dos Santos Júnior e Bruno Montes da Silva, todos lotados na Delegacia de Atendimento a Mulher, na região Central do Rio, identificavam estabelecimentos irregulares como bingos e casas de prostituição para cobrar propina e assim permitir que eles funcionassem.
Na primeira fase da operação Fim da Linha dez pessoas foram presas, entre elas um sargento da Polícia Militar (PM). Na casa dele, os policiais apreenderam quase R$ 500 mil. Os investigadores descobriram que para obter lucro, a organização criminosa fraudava o resultado do jogo do bicho de diferentes formas e fazia uso de violência para obter territórios.
O ex-presidente da escola de samba Unidos de Vila Isabel, Bernardo Belo, apontado como chefe do esquema também é alvo e ainda não foi localizado.
Investigação
Inicialmente, a investigação foi instaurada para apurar crimes praticados por contraventores que exploram jogos de azar, após notícia crime sobre bingo clandestino que funcionaria em Copacabana com a permissão de policiais militares e civis, conforme informações do MP.
Durante as investigações, foram identificados três grupos criminosos que utilizam diferentes modos de fraudar os resultados dos jogos, como: corrupção de policiais militares e civis e uso da violência para a conquista de território.
