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Esquema de apostas: Athletico-PR rescinde com jogadores citados pelo Ministério Público

Clube afirmou que não vai se manifestar mais a respeito do tema

Jogadores estavam afastados preventivamente

O Athetico Paranaense comunicou a rescisão de contrato dos atletas Bryan García e Pedrinho. Ambos são citados em conversas anexadas à denúncia da Operação Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás (MP-GO). O Furacão divulgou o posicionamento por meio de rede social. (veja nota na íntegra no final da matéria)

“Comunicamos que na data de hoje foram desligados os atletas Bryan García e Pedrinho. O Club não se manifestará mais a respeito, inclusive por meio de seus profissionais, por entender que a questão deve ser tratada pelas autoridades competentes”, diz parte da nota.

Os atletas são citados por apostadores e têm os nomes em planilhas de contabilidade dos criminosos. Eles estavam afastados preventivamente desde que os diálogos dos aliciadores foi divulgado.

O clube reforçou que integridade e ética são valores “irrenunciáveis” e que é dever de todos “combater duramente toda e qualquer conduta que ameace a dignidade do futebol”.

Veja nota oficial na íntegra

Comunicamos que na data de hoje foram desligados os atletas Bryan García e Pedrinho. O Club não se manifestará mais a respeito, inclusive por meio de seus profissionais, por entender que a questão deve ser tratada pelas autoridades competentes.

A integridade e a ética são valores irrenunciáveis ao Club Athletico Paranaense. Mais que um esporte, o futebol é manifestação cultural do nosso povo. E por isso, entendemos ser dever de todos, principalmente daqueles que praticam e orbitam o futebol, preservar e proteger este patrimônio, combatendo duramente toda e qualquer conduta que ameace sua dignidade e credibilidade.

A Operação Penalidade Máxima

O Ministério Público de Goiás ofereceu nova denúncia contra 17 pessoas no âmbito da Operação Penalidade Máxima II. Os denunciados são divididos em três núcleos: financiadores, apostadores e intermediadores. Seis jogadores estão denunciados nessa nova fase. A Itatiaia teve acesso à denúncia e detalha as argumentações do MP-GO.

Os apostadores aliciavam atletas para que eles fossem punidos ao longo de partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022. Também há registros de manipulação em jogos de alguns estaduais de 2023. A Operação Penalidade Máxima teve, até agora, duas fases.

São quinze jogadores formalmente denunciados e outras nove pessoas classificadas como intermediários entre os atletas e os apostadores. Bruno Lopez de Moura é apontado pelo Ministério Público como chefe da quadrilha.

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Leonardo Parrela é repórter multimídia na área de esportes na Itatiaia. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com Globo Esporte, UOL Esporte e Hoje Em Dia, onde cobriu Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.