O Ministério da Agricultura informou que três novos focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foram detectados no Brasil. No total, há 72 casos da doença em aves silvestres no país e dois focos em produção de subsistência, de criação doméstica. De acordo com o Ministério, há outras cinco investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.
As notificações em aves silvestres e ou de subsistência não comprometem o status do Brasil como país livre de IAAP e não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Minas cria Comitê de Enfrentamento
O Governo de Minas instituiu, por meio do Decreto 48.657, publicado em 15/7, o Comitê Extraordinário de Prevenção e Enfrentamento à Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, de caráter deliberativo, com a competência de definir medidas de prevenção à chegada do vírus H5N1 no estado.
A presidência do comitê ficou a cargo pela Secretaria de Estado de Agricultura Pecuária e Abastecimento (Seapa) e vai contar com representantes das secretarias de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Geral (SecGeral), de Saúde (SES), de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), de Planejamento e Gestão (Seplag), além do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que vai exercer a função da Secretaria Executiva do comitê, do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
Especialistas e membros de outros órgãos públicos ou privados podem ser convidados a participar das reuniões com os objetivos de fornecer informações técnicas e contribuir na elaboração das medidas de prevenção e controle do vírus.
Ainda de acordo com o decreto, as medidas de prevenção e controle do vírus H5N1 deverão preservar o desenvolvimento econômico e social, observar a oportunidade e a proporcionalidade das ações de defesa sanitária e zoosanitária, está em conformidade com a evolução dos riscos com base em dados epidemiológicos, garantir o abastecimento e a segurança alimentar, além da sanidade e o bem-estar animal.
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Principais sintomas
O produtor rural deve se manter atento aos sinais de doenças em seus aviários. Alguns indícios são:
morte súbita de aves ou aumento da mortalidade em um período de 72 horas
depressão severa, apatia, diminuição ou ausência de consumo de ração e falta de coordenação motora
queda drástica na produção de ovos, que podem apresentar desuniformidades, como casca deformada e fina
Hemorragias nas pernas
inchaço na região dos olhos, da cabeça e pescoço
coloração roxo-azulada ou vermelho-escura na crista e na barbela também são observados.
Em caso suspeito, ligue para o IMA
O vírus do H5N1 pode dizimar plantéis em pouco tempo. Em caso de suspeitas, o IMA recomenda que o avicultor ou cidadão faça uma notificação pelo WhatsApp (31) 9 8598-9611, por e-mail ou compareça pessoalmente em uma das unidades do instituto.
(*) Com informações de Estadão Conteúdo